Desenvolvimento regional ou autonomia? Alternativas desde o Movimento Zapatista e o MST
Resumo
O presente artigo tem como tema a relevância das experiências do Movimento Zapatista, no México, e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, no Brasil, para uma leitura crítica da perspectiva do desenvolvimento regional. O pressuposto inicial é de que a autonomia presente em ambas as experiências é inerente às práticas que os constituem, qualificando-os como legítimas dinâmicas que inspiram e fortalecem grupos sociais que demandam autonomia. A ótica da autonomia se sobressai, então, no âmbito de uma leitura crítica da perspectiva do desenvolvimento regional, apontando caminhos para alternativas ao desenvolvimento (regional). Os resultados presumem a descoberta de conceitos que auxiliam em um pensar sobre alternativas ao desenvolvimento (regional), bem como de características sobre autonomia a partir das experiências selecionadas. A autonomia observada pelas experiências do Movimento Zapatista e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra remete a impulsos por autodeterminação social desde a América Latina. Passa-se a entender desenvolvimento regional sob sua possibilidade normativa e propositiva, conectado a estratégias que não privilegiem a regulação pelos Mercados ou a ação dos Estados para a dissolução das disparidades regionais. Em termos normativos, desenvolvimento regional passa a despontar como um campo de estudo que impulsione e reconheça a autonomia e a autodeterminação social presente em distintos movimentos da sociedade civil organizada.
Palavras-chave: Autonomia. Desenvolvimento regional. Movimento Zapatista. Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
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