A FEIRA COMO ESPAÇO DE PRODUÇÃO DE MÚLTIPLOS SIGNIFICADOS: O CASO DOS CONSUMIDORES DA POLIFEIRA

Vanessa Lazzaretti Picolotto, Bruna Lunkes, Igor Binotto Benetti, Roselaine Tereza Piber

Resumo


Tradicionalmente, as feiras são reconhecidas como lugares de compra e venda de produtos. Apesar disso, compreende-se que os consumidores buscam nas feiras elementos que vão além da comercialização, atribuindo-lhes os mais diversos significados. Dessa forma, essa pesquisa tem como objetivo compreender as feiras como sendo mais que simples espaços vinculados a circuitos econômicos. Para isso, realizamos uma pesquisa com abordagem quantitativa que é classificada como descritiva exploratória. Os resultados encontrados mostram que o perfil dos consumidores da PoliFeira é formado por um público predominantemente pertencente a UFSM, entre alunos e servidores da instituição, onde a presença do público jovem chama atenção. Identificou-se que 51% dos entrevistados gastam até R$20,00 por feira. Percebemos que os entrevistados que têm uma relação de amizade gastam em média R$ 41,32, os que não tem esta relação gastam em média R$ 9,48. Identificamos que os motivos de ir à feira “porque gosto de comprar direto da pessoa que produz o alimento que irei comprar” e “para comprar produtos mais saudáveis” obtiveram os maiores níveis de concordância e os menores desvios padrões. A maior discordância foi encontrada nos motivos “porque tenho amizade com os feirantes” e “apenas para comprar produtos”. Porém é onde se encontram os maiores desvios padrões. Na PoliFeira estas relações humanas estão presentes, e ela se torna um espaço de lazer, educação e de troca de experiências entre consumidores e feirantes, onde o mero ato de comprar um alimento se torna um momento de lazer e convivência do urbano com o rural.

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ISSN 2447-4622