A MORFOLOGIA DAS CIDADES INTELIGENTES: CONCEITO, EVOLUÇÃO E PERSPECTIVAS TEÓRICAS

Michele Kremer Sott, Kadígia Faccin, Luciana Maines da Silva, Mariluza Sott Bender

Resumo


As cidades inteligentes são um fenômeno emergente, cujo conceito é utilizado para representar a busca por inovações tecnológicas e transformações do espaço urbano, da governança pública e do ecossistema empreendedor, para fortalecer e prosperar as cidades com desenvolvimento econômico e sustentabilidade. A amplitude do conceito e suas relações com outros temas, como cidades digitais, cidades sustentáveis e cidades do conhecimento, geram divergências e implicações teóricas e práticas acerca da conceituação das cidades inteligentes. Com base na evidente disparidade literária sobre o assunto, este estudo tem como objetivo revisar o campo de estudo para compreender o conceito de cidades inteligentes e diferenciá-lo de outros. Para isso, foi realizada uma revisão de escopo da literatura apoiada pelo protocolo PRISMA-ScR. Foram categorizados dois grupos de estudos: o primeiro, composto por pesquisas seminais que definem outros termos amplamente abordados na literatura e frequentemente tratados como sinônimos de cidades inteligentes (como cidades verdes, cidades digitais, cidades resilientes etc.); o segundo grupo, por estudos que conceituam as cidades inteligentes. Através da análise, foi possível identificar as diferenças entre os conceitos e sua evolução, evidenciando a imprecisão no uso dos conceitos, principalmente ao caracterizar uma cidade como inteligente ou definir os atributos que aumentam a inteligência urbana, uma vez que acabam por considerar elementos específicos. Deste modo, os resultados deste estudo reforçam que existe diferença entre os conceitos abordados, não devendo ser tratados como sinônimos. 


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ISSN 2447-4622