O presente estudo busca analisar se o superendividamento das pessoas idosas, resultado da oferta massiva de crédito que sustenta as políticas do capitalismo financeirizado, pode ser classificado como uma forma de violência financeira. Com o avanço das políticas de capitalismo financeirizado e a falta de proteção social adequada, a disponibilidade fácil e em grande escala de crédito tornou-se um problema de ordem pública, ultrapassando os limites do direito civil. O superendividamento das pessoas idosas deve ser reconhecido como uma forma de violência financeira e tratado como tal. Para enfrentar a violência financeira, patrimonial e econômica contra à população idosa é necessário construir um estado social sólido e fortalecer as instituições democráticas e a fiscalização sobre o sistema financeiro.