EUGENIA E DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE HISTÓRICA

Diego Marques Gonçalves, Ezequiel Mariano Teixeira da Costa

Resumo


Este artigo discute o caminho histórico percorrido até a construção de um ideário de Dignidade Humana que veda a eugenia. Para tanto, dividiu-se o texto em três capítulos; o primeiro deles dedicado à discussão de conceitos básicos a respeito da Dignidade Humana; o segundo expondo os preceitos básicos inerentes ao movimento eugênico no século XX; o terceiro debatendo as influências do deste debate no século XX; e o quarto capítulo discutiu as consequências da eugenia no pós-guerra. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica da história da eugenia no final do séc. XIX e início do séc. XX na Europa, bem como as principais legislações e suas consequências sociais e éticas. A metodologia utilizada baseou-se em pesquisa documental e análise de conteúdo de livros e artigos selecionados. Os resultados indicam que a eugenia foi amplamente praticada na Europa, com leis que incentivavam a reprodução de casais considerados "superiores" e esterilização forçada de indivíduos considerados "inferiores". Essas práticas eugênicas tiveram graves consequências sociais e éticas, como a violação dos direitos humanos e a perpetuação de desigualdades. A partir desse contexto histórico, a bioética moderna surgiu como uma disciplina que busca proteger a dignidade humana e garantir o respeito aos direitos humanos em pesquisas e práticas médicas. Conclui-se que a compreensão da história da eugenia na Europa é essencial para uma reflexão crítica sobre a bioética e a tomada de decisão em pesquisas e práticas médicas.

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.