O presente trabalho propõe uma discussão sobre o protagonismo e os desafios vivenciados pelas mulheres indígenas em tempos de pandemia, sob uma perspectiva decolonial, com o objetivo de demonstrar e analisar os debates, desafios e organizações das mulheres indígenas em relação ao cenário pandêmico por elas testemunhado ou protagonizado. Nesse sentido, a natureza da pesquisa é de cunho qualitativo, com metodologia principal indutiva com análise de depoimentos e falas de eventos em que mulheres indígenas participaram ou promoveram, ou seja essa pesquisa apoia-se em narrativas e experiências elencadas através dos meios de comunicação. Para a análise dos referidos relatos também foi necessário realizar o procedimento de pesquisa bibliográfica, a partir de referenciais teóricos voltados à antropologia e ao direito; na etapa de análise documental utiliza-se aportes legislativos, trechos de entrevistas de lives já realizadas e disponíveis na internet, bem como notícias, atos normativos e documentos oficiais e entrevistas ocorridas em livros. A partir da compreensão da Teoria Decolonial, conclui-se que esta converge com o protagonismo feminino, intensificado durante a pandemia da Covid-19, cenário o qual demonstrou-se urgente a necessidade da unificação de esforços para a garantia do direito à existência perante a omissão governamental em relação aos povos indígenas.