Adolescências e judicialização da conduta juvenil
DOI:
https://doi.org/10.17058/barbaroi.v0i0.11143Palavras-chave:
maioridade penal, justiça juvenil, socioeducação, adolescente autor de ato infracional, e judicializaçãoResumo
A recente retomada da proposição do rebaixamento da idade penal no parlamento brasileiro, em meio a um cenário de crise política e avanço de ideologias conservadoras, se articula com outros fatores, tais como a realização de megaeventos esportivos no Brasil – Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016), de forma a interferir no próprio caráter das leis. A admissibilidade da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 171/93), em abril de 2015, aqueceu o debate sobre a imputabilidade penal tanto no meio acadêmico, quanto no âmbito da sociedade. É interesse desse estudo discutir tanto as formulações legais que afirmam ou restringem direitos sociais dos adolescentes na sociedade capitalista contemporânea, quanto das políticas públicas propostas para a sua aplicação, ambas entranhadas por concepções de adolescência construídas historicamente, no sentido de pensar os efeitos judicializantes produzidos com a execução de legislações. Neste percurso, apresenta as áreas em análise neste texto, quais sejam: o contexto histórico e os marcos legais para crianças e adolescentes no Brasil; os significados culturais e os valores sociais relacionados à adolescência em uma perspectiva semiótico-cultural, considerando a interdependência entre os movimentos de reforma dos marcos legais e fatores históricos, culturais e econômicos; e, por fim, analisa-se como a criminalização juvenil e a judicialização das relações humanas na contemporaneidade conferem primazia às ações coercitivas e correcionais, em detrimento das ações educacionais.Downloads
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Publicado
2017-07-05
Como Citar
Cunha, K. R. M. G., & Lopes de Oliveira, M. C. S. (2017). Adolescências e judicialização da conduta juvenil. Barbarói, 2(50), 107 - 130. https://doi.org/10.17058/barbaroi.v0i0.11143
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Artigos
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