Comunidades terapêuticas para pessoas que fazem uso de drogas: uma política de confinamento

Autores

  • Dolores Galindo Universidade Federal de Mato Grosso
  • Ricardo Pimentél-Méllo Universidade Federal do Cerá
  • Morgana Moura Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.17058/barbaroi.v0i0.11239

Palavras-chave:

comunidades terapêuticas, políticas sobre drogas, análise institucional

Resumo

Este artigo problematiza o processo terapêutico voltado às pessoas que fazem uso de drogas defendido por uma das maiores redes de comunidades terapêuticas do Brasil. Nas duas primeiras décadas dos anos 2000, as comunidades terapêuticas (CTs) emergem e se expandem como equipamentos que criminalizam, patologizam e cristianizam pessoas que fazem uso de drogas. As CTs se caracterizam por práticas de manipulação de corpos e mortificação da vida, pela obrigatoriedade do trabalho, por uma ortopedia no conviver comunitário e pela imposição da espiritualidade como modo de vida. No contexto mais amplo das políticas de saúde mental e atenção psicossocial, as CTs representam um retrocesso nas práticas derivadas das lutas antimanicomiais e antiproibicionistas.

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Biografia do Autor

Dolores Galindo, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1999), mestrado em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e doutorado em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006), havendo realizado doutorado sanduíche no departamento de Psicologia Social da Universidade Autônoma de Barcelona (2004). Atualmente é professora do Departamento de Psicologia, do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Cultura Contemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso.

Ricardo Pimentél-Méllo, Universidade Federal do Cerá

É professor Associado do Departamento de Psicologia e da Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará (Graduação e Pós-Graduação).Pós-doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (201); Doutorado em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002); Mestrado em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1994).

Morgana Moura, Universidade Federal de Mato Grosso

Mestre em Psicologia Social PUCSP, Doutoranda em Estudos de Cultura Contemporânea UFMT. Graduada em Psicologia UFMT.

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Publicado

2017-07-05

Como Citar

Galindo, D., Pimentél-Méllo, R., & Moura, M. (2017). Comunidades terapêuticas para pessoas que fazem uso de drogas: uma política de confinamento. Barbarói, 2(50), 226 - 244. https://doi.org/10.17058/barbaroi.v0i0.11239

Edição

Seção

Artigos