“Mulher macho, sim sinhô”? Refletindo as relações de gênero e as violências contra as mulheres do sertão de Pernambuco

Autores

  • Kalline Flávia Silva de Lira Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.17058/barbaroi.v2i52.12186

Palavras-chave:

Relações de gênero, Violência doméstica, Sertão de Pernambuco

Resumo

A violência, de forma ampla, acontece no mundo todo. Especificamente a violência contra a mulher, entendida como violência de gênero, ainda é alarmante. No Brasil, a Lei Maria da Penha preconiza algumas ações e serviços que devem ser implantadas pela gestão pública. O objetivo deste estudo é apresentar os dados quantitativos da violência doméstica e familiar contra a mulher no Estado de Pernambuco, divulgados pela Secretaria Estadual de Defesa Social, entre os anos de 2012 a 2017, fazendo uma relação entre os índices da região metropolitana e das regiões do sertão. Os dados nem sempre são apresentados de forma clara, dificultando a análise pormenorizada da situação de violência das mulheres do sertão pernambucano. A partir da análise das questões de gênero e da construção das relações hierárquicas entre homens e mulheres no sertão nordestino, percebe-se que a violência contra a mulher no sertão de Pernambuco é maior do que na região metropolitana e tem como base dois fenômenos sociais importantes: o coronelismo e o cangaço. Conclui-se que as propostas de intervenções no intuito de diminuiu os índices de violência contra a mulher na região não podem ser desvinculadas das questões socioculturais e históricas. Por fim, ressaltamos a necessidade da divulgação de dados mais específicos e detalhados para a melhor compreensão do fenômeno na região estudada.

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Biografia do Autor

Kalline Flávia Silva de Lira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Psicóloga. Mestra em Direitos Humanos (UFPE). Doutoranda em Psicologia Social (UERJ).

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Publicado

2018-07-05

Como Citar

Lira, K. F. S. de. (2018). “Mulher macho, sim sinhô”? Refletindo as relações de gênero e as violências contra as mulheres do sertão de Pernambuco. Barbarói, 2(52), 71-90. https://doi.org/10.17058/barbaroi.v2i52.12186

Edição

Seção

Artigos