O lugar da filosofia e das humanidades na formação universitária

Autores

  • Flavio Williges

DOI:

https://doi.org/10.17058/barbaroi.v0i0.14590

Resumo

Nesse pequeno ensaio apresento, em primeiro lugar, um conjunto de considerações sobre o significado da extinção dos departamentos de ciências humanas nas universidades como (1) perda afetiva e (2) como perda simbólica do lugar das humanidades para a ideia mesma de universidade, particularmente em universidades comprometidas com formação humanista e integral. Apresento, em segundo lugar, os riscos envolvidos numa formação meramente técnica, um possível papel alternativo das humanidades com espaço de contradição e conflito frente à crise dos modelos de formação inclusiva, focada na cidadania, e, depois, critico essa imagem reducionista das humanidades que tem encontrado alguns defensores. As ciências humanas são, junto com as artes, espaços de ampliação de nossos poderes críticos, construtivos e imaginativos, com impacto tanto político, na vida democrática, quanto pessoal, na vida moral e na sabedoria. Ao abrir mão desses poderes, o resultado é um empobrecimento da experiência, das condições de autocompreensão de nossos próprios procedimentos. Nessa direção, minha sugestão de resposta ao alijamento das humanidades na formação superior é recolocar a pergunta pelo sentido mesmo da educação, do tipo de direcionamento que cabe dar à experiência humana em geral.

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Publicado

2019-12-13

Como Citar

Williges, F. (2019). O lugar da filosofia e das humanidades na formação universitária. Barbarói, 23-33. https://doi.org/10.17058/barbaroi.v0i0.14590

Edição

Seção

Artigos