BENGALA, PRECONCEITO E DIFICULDADE: REPRESENTAÇÕES E IDENTIDADE SOCIAL DE PESSOAS CEGAS E COM BAIXA VISÃO

Autores

Palavras-chave:

Representações sociais, identidade social, deficiência visual.

Resumo

Bengala, preconceito e dificuldade: representações e identidade social de pessoas cegas e com baixa visão. Representações sociais são um conjunto de crenças e explicações compartilhadas no senso comum, que auxiliam os indivíduos a se ajustarem às estranhezas cotidianas ao tornar familiar o desconhecido. Este estudo é parte de uma pesquisa que objetivou compreender a relação entre as representações sociais da deficiência visual e a identidade social para pessoas cegas e com baixa visão. Participaram 40 pessoas, 20 autodeclaradas cegas e 20 autodeclaradas com baixa visão. Foi realizado um teste de associação livre, a partir do termo indutor “cego” ou “baixa visão”, solicitando-se aos participantes que falassem as cinco primeiras palavras que vinham à mente quando pensavam nos termos referidos. As palavras evocadas foram submetidas a uma análise prototípica por meio do software IRaMuTeQ 0.2. Como resultados, observou-se que a representação social de “cego” está ancorada na representação de “preconceito”, enquanto a representação social de “baixa visão” está ancorada na representação de “dificuldade”; a objetificação da pessoa cega ocorre por meio da bengala; e a identidade social do grupo de pessoas cegas aparenta relativa coesão, já a do grupo de pessoas com baixa visão parece bastante fragmentada. Conclui-se pela necessidade de intervenções com foco na constituição da identidade social das pessoas com deficiência visual.

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Biografia do Autor

Daniela Cardoso de Oliveira, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC

Psicóloga graduada pela Universidade do Extremo Sul Catarinense; Pós-graduanda em Psicodrama Psicoterapêutico - Viver Mais Psicologia/UNIFIA.

Maiara Leandro, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Doutoranda e mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; Graduada em Psicologia pela Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC; Especialista em Psicodrama – Viver Psicologia: Psicodrama.

Dipaula Minotto da Silva, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC

Mestre em Saúde Coletiva e Psicóloga graduada pela Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC; Docente do curso de Psicologia e dos Programas de Residência Multiprofissional – UNESC.

Amanda Castro, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC/Faculdade Estácio de Sá

Doutora em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; Graduada em Psicologia pela Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL; Psicodramatista didata e supervisora – Viver Psicologia: Psicodrama; Docente dos cursos de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC e Faculdade Estácio de Sá.

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Publicado

2023-03-29

Como Citar

Oliveira, D. C. de, Leandro, M., Silva, D. M. da, & Castro, A. (2023). BENGALA, PRECONCEITO E DIFICULDADE: REPRESENTAÇÕES E IDENTIDADE SOCIAL DE PESSOAS CEGAS E COM BAIXA VISÃO. Barbarói, 62(2). Recuperado de https://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/view/16494