VIOLÊNCIA, SOCIEDADE DE CLASSES E CAPITALISMO: o que pode revelar a psicologia?
DOI:
https://doi.org/10.17058/barbaroi.v1i63.16917Palavras-chave:
Psicologia, Materialismo Histórico-dialético, ViolênciaResumo
O Brasil é um dos países mais violentos do mundo e esse fato convoca a Psicologia, a explicar a violência, e suas implicações para a constituição dos sujeitos. Nosso objetivo, recuperando a tese vigotskiana de formação social do psiquismo, é discutir a importância da análise da violência social em sua dimensão estrutural como aspecto norteador para a práxis do psicólogo, frente à violência cotidiana. A explicação materialista histórico-dialética possibilita à Psicologia, como área científica e campo profissional, superar concepções que tomam a violência como um processo de características universais e estanques e, também, as dicotomias que marcaram e marcam a Psicologia no que diz respeito ao desenvolvimento humano. Metodologicamente, na pesquisa (2018-2021), foi eleita revisão bibliográfica a partir de fontes clássicas e contemporâneas, bem como levantamento, seleção e análise de documentos/relatórios sobre a violência no Brasil. Os resultados indicam que ao tomar a violência como objeto de reflexão teórica o/a psicólogo/a tem condições de exercício de uma práxis que faça o enfrentamento às condições que produzem violência na sociedade capitalista, sem perder de vista o embate às suas manifestações cotidianas e singulares. Conclui-se a interpretação dos dados objetivos sobre a violência à luz de uma teoria que requer a explicitação das múltiplas determinações implicadas na constituição dos sujeitos que violentam e são violentados, devam ter continuidade. Eles instrumentalizam a práxis do/a psicólogo/a e encaminham à participação efetiva da Psicologia junto às políticas públicas da educação, saúde e assistência social e a contínua renovação das manifestações das contradições que o capitalismo promove.
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