A Experiência do Distanciamento Social: entre presenças, ausências e sentidos
DOI:
https://doi.org/10.17058/barbaroi.v1i64.17495Resumo
O presente ensaio teórico buscou discutir as transformações que a experiência de distanciamento social em decorrência da pandemia do novo coronavírus têm operado nas formas de produção compartilhada de sentidos. Para tal, utilizamos contribuições da abordagem enativa da cognição sobre o conceito de produção de sentidos. As noções de presença e ausência, como dimensões coproduzidas e relevantes nas vivências coletivas do último período permearam toda a reflexão. Compreendemos o sentido como uma realização incorporada que movimenta e mantém a vida e sua rede de relações, de modo que não é produzido apenas individualmente, mas também participativamente. Avançamos na discussão sobre a experiência corporal de ausências, destacando a solidão no aspecto que compreendemos aqui como ausência de produção compartilhada de sentidos. Como resposta à ausência do outro, as interações por internet ganharam relevância. Discutimos as presenças mediadas tecnologicamente, dando ênfase ao papel das redes sociais no cotidiano, às formas de produzir sentidos participativamente neste contexto, atenuando as emoções de ausência, mas por outro lado intensificando sofrimentos específicos gerados por esse modo de se relacionar e produzir subjetividade. Assim, este trabalho buscou contribuir à discussão sobre os processos de saúde mental na experiência de distanciamento social, enfocando a dimensão coletiva da produção de sentidos. Concluímos apontando para a diversidade de formas de experienciar os efeitos da pandemia, inclusive ressalvando que não apenas as ausências provocaram sofrimento neste período, mas também algumas presenças, causando sobrecarga pelas demandas de cuidado.
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