“BOM DE PAPO”: OFICINAS SOBRE VIOLÊNCIA E SAÚDE COM JOVENS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FORTALEZA
DOI:
https://doi.org/10.17058/barbaroi.v1i63.19567Resumo
O presente artigo objetiva relatar a experiência de uma ação de extensão denominada Bom de Papo, ocorrida em uma região periférica de Fortaleza chamada Grande Bom Jardim. O texto enfocará os resultados de 2019, que consistiram na realização de 28 oficinas em uma escola pública com jovens daquele território sobre experiências juvenis, efeitos da violência armada em seus cotidianos e formas coletivas de cuidado psicossocial no território frente a tal problemática. Participaram dessas oficinas cerca de 150 jovens, com idade entre 15 e 18 anos. As atividades foram registradas por meio de diários de campo. A referida ação de extensão possibilitou a análise crítica de relações de opressão e potências de re-existência nos territórios de vida de juventudes periferizadas, a narrativização e re-elaboração de experiências, bem como o diálogo sobre estratégias coletivas de cuidado diante do sofrimento psicossocial produzido ou agravado pela violência urbana. Assim, considera-se a importância de a psicologia apostar éticopoliticamente em micropolíticas de singularização e reexistência de juventudes marcadas por dinâmicas de opressão.
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