MICROPOLÍTICA DA ATIVIDADE
DOI:
https://doi.org/10.17058/barbaroi.v0i0.2442Palavras-chave:
atividade, micropolítica, ergonomia, clínica da atividadeResumo
Trata-se, nesse ensaio teórico, de retomar o conceito de atividade desenvolvido por algumas máquinas de análise dos processos de trabalho. A saber, a ergonomia, a ergologia e a clínica da atividade. Tal abordagem caracteriza-se como micropolítica por privilegiar as dimensões éticas e políticas de tais dispositivos tomados no contexto das lutas coletivas no capitalismo. Define-se atividade como um conceito inacabável em função da sua consideração das variações incessantes no trabalho. Discute-se, ainda, o problema da atividade como uma função no campo científico e como um conceito no campo filosófico, destacando suas relações como instrumentos analíticos. Também se discute a relação entre condições de trabalho e sua organização pela problematização promovida pela ergonomia. A partir daí, acompanha-se o desenvolvimento do conceito de atividade desde o conceito de trabalho real, definido por seu deslocamento contínuo em relação às prescrições. Tal deslocamento permitirá, a seguir, conceituar a atividade como devir do trabalho, redefinindo a ferramenta analítica. Logo, define-se a atividade como sempre situada, destacando que a situação é marcada por um movimento abstrato que possibilita produzir transversalidade entre casos diversos vividos no trabalho em função da construção de um problema a viver. Partindo da situação de trabalho do motorista de ônibus coletivo urbano, discute-se as linhas micropolíticas de análise da atividade: a linha dura que separa trabalho prescrito e trabalho real em contraste com a linha vibratória que se privilegia pela análise da atividade situada.Downloads
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Publicado
2012-09-17
Como Citar
Zamboni, J., & Barros, M. E. B. de. (2012). MICROPOLÍTICA DA ATIVIDADE. Barbarói, 113-137. https://doi.org/10.17058/barbaroi.v0i0.2442
Edição
Seção
Artigos
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