JUDICIALIZAÇÃO NOS PROCESSOS DE SAÚDE MENTAL: NARRATIVAS DE PROFISSIONAIS ACERCA DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA DE MENORES
DOI:
https://doi.org/10.17058/rjp.v12i1.17488Resumo
O artigo objetiva conhecer as narrativas de profissionais de saúde que atuam no Centro de Atenção Psicossocial da Infância e Adolescência acerca da internação involuntária, assim como a relação da família no processo de cuidado e da judicialização da assistência em saúde mental. O estudo é de caráter descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa. Aplicou-se uma entrevista semiestruturada com dois servidores, com questões referentes à rotina do serviço, perfil do usuário e participação da família. A análise dos dados produzidos foi dada a partir da Análise temática de Braun e Clarke. Os achados durante as entrevistas proporcionaram a criação de 3 eixos temáticos para discutir a questão: 1) Perfil dos pacientes internados, em que foi possível identificar que geralmente os usuários indicados para a internação são adolescentes infratores do gênero masculino; 2) Internação involuntária: punição ou salvação? em que buscamos compreender as condições que são aplicadas para tal prática e; 3) Judicialização como recurso de adesão das famílias e dos serviços de saúde, uma incursão nas falas para investigar a dualidade das ações judiciais em processos/tratamento por uso de drogas. Considerações finais: Observou-se que é necessário um alinhamento dos setores da saúde e do judiciário, priorizando igualmente a saúde e a segurança dos adolescentes. Ainda, o estabelecimento de uma rede de cuidados integral, que vise a reintegração do mesmo na sociedade, seguindo os princípios do Sistema Único de Saúde.
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