A Percepção do Tempo através do Processo de Envelhecimento
DOI:
https://doi.org/10.17058/psiunisc.v3i1.12558Palavras-chave:
Envelhecimento, Percepção, Tempo, Qualidade de vida.Resumo
A população mundial está em um rápido processo de envelhecimento. O número de idosos na sociedade brasileira cresceu exponencialmente nas últimas décadas, assim como os estudos que objetivam investigar as dimensões do envelhecimento e correlacioná-lo com qualidade de vida. O percurso metodológico deu-se por análise qualitativa, com o software IRaMuTeQ, a respeito do processo de envelhecimento, pela percepção da passagem de tempo (Protensão) de idosos participantes de um projeto de intervenções cognitivas e físicas realizado na Universidade Católica de Brasília. Os resultados evidenciam melhoras entre os momentos pré e pós-intervenção; a percepção do tempo através do processo de envelhecimento está intimamente ligada a acrescimentos do uso da palavra “mais” em ambos os momentos; a associação entre as palavras mudam apontando passagens temporais aceleradas, evidenciando uma melhora psicológica. Com mais publicações a respeito do tema, será possível utilizar o fator “percepção de tempo” como variável para analisar qualidade de vida em idosos.
Downloads
Referências
Antunes, H. K. M. et al. (2008). Exercício físico e função cognitiva: uma revisão. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 12(2), 108-114. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/rbme/v12n2/v12n2a11
Baum, S. K., Boxley, R. L., & Sokolowski, M. (1984). Time perception and psychological well-being in the elderly. Psychiatric Quarterly, 56(1), 54-61.
Bear, M. F., Connors, B. W., & Paradiso, M. A. (2008). Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso (3ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
Berne, R. M. et al. (2004). Fisiologia (5ª ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.
Bertamoni, H. F. G. (2009). Entre Cronos e Kairós: a auto-percepção da idade na velhice (Dissertação de mestrado). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
Bueno, C., & Wey, D. (2012). Gênese e Ontogênese do ritmo de sono/vigília em humanos. Revista da Biologia, 9(3), 62-67. doi: 10.7594/revbio.09.03.12
Buhusi, C. V., & Meck, W. H. (2005). What makes us tick? Functional and neural mechanisms of interval timing. Nature Reviews Neuroscience, 6, 755-765.
Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013). IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, 21(2), 513-518. doi: 10.9788/TP2013.2-16
Chariglione, I. P. F. S. (2014). Intervenções cognitivas para o aprimoramento da memória em idosos com envelhecimento cognitivo normal (Tese de doutorado). Universidade de Brasília, Brasília.
Esperidião-Antonio, V. et al. (2008). Neurobiologia das emoções. Revista de Psiquiatria Clínica, 35(2), 55-65.
Ferreira, O. G. L., Maciel, S. C., Silva, A. O., Sá, R. C. N., & Moreira, M. A. S. P. (2010). Significados atribuídos ao envelhecimento: idoso, velho e idoso ativo. Psico-USF, 15(3), 357-364. doi: 10.1590/S1413-82712010000300009
França, C. B. S., Barbosa, R. F. M., Fett, W. C. R., & Fett, C. A. (2016). Exercício físico e envelhecimento: a percepção de idosas quanto à imagem corporal. Journal Health NPEPS, 1(1), 94-108. Recuperado de
https://periodicos.unemat.br/index.php/jhnpeps/article/view/1559
Fuentes, D. et al. (2008). Neuropsicologia: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed.
Galvão, J. S. G. R., Cunha Filho, M., Costa, K. B., & Falcão, A. P. S. T. (2010). Exercício Físico e suas implicações nas funções cognitivas: uma revisão sistemática. Fiep Bulletin, 80 (Edição especial). Recuperado de http://www.fiepbulletin.net/index.php/fiepbulletin/article/viewFile/1060/2055
Gonçalves, R. C., & Marques, M. D. (2012). Ritmos de populações: o caso das abelhas sem ferrão. Revista da Biologia, 9(3), 53-57. doi: 10.7594/revbio.09.03.10
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (2018). Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação. Recuperado de https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
Izquierdo, I. (2011). Memória (2ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
Kandel, E. R., Schwartz, J. H., Jessell, T. M. (2003). Princípios da Neurociência (4ª ed.). São Paulo: Manole.
Mantovani, E. P. (2015). Satisfação com a vida, condições e autoavaliação da saúde entre idosos residentes na comunidade. (Tese de doutorado), UNICAMP, Campinas.
Martynhak, B. J., Back, F. A., Louzada, F. (2012). O valor biológico do período circadiano. Revista da Biologia, 9(3), 58-61. doi: 10.7594/revbio.09.03.11
Menna-Barreto, L., Ades, C., & Pesavento, S. J. (1990). Estudos sobre o tempo: Os tempos biológico, psicológico e social. São Paulo: Instituto de Estudos Avançados/USP. Recuperado de http://www.iea.usp.br/pesquisa/grupos-anteriores/estudos-sobre-o-tempo
Miguel, M. A. L. (2012). Estimativa de tempo em humanos: bases, ontogênese e variação diária. Ritmos de populações: o caso das abelhas sem ferrão. Revista da Biologia, 9(3), 74-79. doi: 10.7594/revbio.09.03.14
Nascimento-Castro, C. P., Gil-Mohapel, J., & Brocardo, P. S. (2017). Exercício físico e neuroplasticidade hipocampal: Revisão de literatura. Vittalle – Revista de Ciências da Saúde, 29(2), 57-78. doi: 10.14295/vittalle.v29i2.7461
Papaléo Netto, M. (2013). O estudo da velhice: histórico, definição do campo e termos básicos.
In E. V. Freitas, & L. Py (Eds.), Tratado de Geriatria e Gerontologia (pp. 62-75). Recuperado de https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria-e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf
Purves, D. et al. (2010). Neurociências (4ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
Ribeiro, L. C. C., Alves, P. B., Meira, E. P. (2009). Percepção dos idosos sobre as alterações fisiológicas do envelhecimento. Ciência, cuidado e saúde, 2(8), 220-227. doi: 10.4025/cienccuidsaude.v8i2.8202 .
Sampaio, T. O. M. (2016). Percepção do tempo: da psicologia para psicolinguística. Letras hoje, 51(3), 374-383. doi: 10.15448/1984-7726.2016.3.22264
Santos, S. S. C. (2010). Concepções teórico-filosóficas sobre envelhecimento, velhice, idoso e enfermagem gerontogeriátrica. Revista Brasileira de Enfermagem, 63(6), 1035-1039. doi: 10.1590/S0034-71672010000600025
Schiffman, H. R. (2005). Sensação e percepção (5ª ed.). Rio de Janeiro: LTC.
Silva Jardim, V. C. F, Medeiros, B. F., Brito, A. M. (2006). Um olhar sobre o processo do envelhecimento: a percepção de idosos sobre a velhice. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 9(2), 22-34.
Sternberg, R. J. (2012). Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cenage Learning.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.
