Luz, Câmera, Ação: Notas Sobre as Atuações Performáticas da Mulher Policial Sob o Olhar dos Meios de Comunicação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/psiunisc.v4i1.13703

Palavras-chave:

Gênero, Polícia, Mídias, Mulheres policiais.

Resumo

Reduto tradicionalmente masculino, a instituição policial fora paulatinamente recebendo mulheres em seus quadros profissionais. Ao longo das últimas duas décadas, a figura da mulher policial ganha cada vez mais espaço nos meios de comunicação. Ajudando a recompor a imagem da instituição policial, a entrada de mulheres parece assumir tanto padrões discursivos quanto estéticos dentro e fora das polícias. A fim de verificar como mulheres policiais se representam e são representadas pela grande mídia, o presente estudo analisou reportagens de jornais e revistas de grande circulação e reconhecimento onde a figura central eram as mulheres policiais, especialmente as que exerciam cargos de maior prestígio em suas instituições. Verificou-se limites e possibilidades de atuações performáticas de mulheres policiais, que ora foram retratadas a partir de atributos recorrentemente associados à naturalização do feminino, tal como bondade, doçura e sensibilidade, ora retratadas com belas, sensuais e poderosas. Performando diferentes femininos, ora subvertendo, ora reafirmando certas prescrições de gênero, as mulheres policiais ajudam a compor a complexidade de si e de seu espaço de atuação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniele Andrade Da Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro ( UERJ). Mestre em Psicologia Social Pela UERJ. Psicóloga da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Professora da Universidade Castelo Branco.

Referências

Aleixo, S. R., Viana, W. M., Nascimento, D. C., & Ferreira, A. D. (2014). Marketing Digital e o Uso das Redes Sociais como Ferramenta no Processo de Recrutamento e Seleção no Setor Offshore. Anais do XI Simpósio de Exelência em Gestão e Tecnologia - SEGeT. Rio de Janeiro, Brasil.

Arán, M. (2006). A transexualidade e a gramática normativa do sistema sexo-gênero. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 9(1), 49-63. doi: 10.1590/S1516-14982006000100004

Badinter, E. (1985). Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira S.A

Bévort, E., & Belloni, M. L. (2009). Mídia-educação: conceitos, história e perspectivas. Educação & Sociedade, 30(109), 1081-1102. doi: 10.1590/S0101-73302009000400008

Butler, J. (2017). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Cappelle, M. C. A., & Melo, M. C. O. L. (2010). Mulheres policiais, relações de poder e de gênero na polícia militar de Minas Gerais. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 11(3), 71-99. doi: 10.1590/S1678-69712010000300006

Cortez, M. B., & Souza, L. (2010). A violência conjugal na perspectiva de homens denunciados por suas parceiras. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 62(2), 129-142. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672010000200012&lng=pt&tlng=pt.

Del Priore, M. (2011). Histórias Íntimas: sexualidade e erotismo na História do Brasil. São Paulo: Planeta.

Engel, M. (1997). Psiquiatria e feminilidade. In M. D. Priore (Org.), História das Mulheres no Brasil (p. 322-361). São Paulo: Contexto.

Fonseca, F. (2011). Mídia, poder e democracia: teoria e práxis dos meios de comunicação. Revista Brasileira de Ciência Política, (6), 41-69. doi: 10.1590/S0103-33522011000200003

Foucault, M. (2009). Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal.

Foucault, M. (2012). A Ordem do Discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970 (22 Ed.). São Paulo: Edições Loyola.

Guattari, F, & Rolnik, S. (2013). Micropolíticas: cartografias do desejo (12. Ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.

Guerreiro, E. F. L. (2016). Representações e Práticas nas Redes Sociais Online: análise ao futuro profissional dos alunos universitários em Portugal (Dissertação de mestrado). Instituto Universitário de Lisboa, Lisboa, Portugal. Recuperado de http://hdl.handle.net/10071/12396

Holloway, T. (1997). Polícia no Rio de Janeiro. Repressão e resistência numa cidade do século XIX. Rio de Janeiro: FGV.

Moreira, J. O. (2010). Mídia e Psicologia: considerações sobre a influência da internet na subjetividade. Psicologia para América Latina, (20) Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-350X2010000200009&lng=pt&tlng=pt

O Dia. (2018). Mulher assume comando de policiamento em Barra Mansa. [online]

Recuperado de https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2018/09/5576405-mulher-assume-comando-de-policiamento-em-barra-mansa.html#foto=1

Pires, R. (2014). Fetichismo religioso, fetichismo da mercadoria, fetichismo sexual: transposições e conexões. Revista De Antropologia, 57(1), 347-391. doi: 10.11606/2179-0892.ra.2014.87763

Pires, R. B. W. (2011). Pequena história da ideia de fetiche religioso: de sua emergência a meados do século XX. Religião & Sociedade, 31(1), 61-95. doi: 10.1590/S0100-85872011000100004

Piscitelli, A. (2016). Carinho, Limpeza e Cuidado: experiências de migrantes brasileiras. In A. R. P. Abreu et al. (Orgs.), Gênero e Trabalho no Brasil e na França: perspectivas interseccionais (pp.47-58, 1 ed.). São Paulo: Boitempo.

Rolnik, S. (2014). Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo (2. ed.). Porto Alegre: Sulina.

Schactae, A. (2011). Fardas e batons, armas e sais: a construção da Polícia Militar Feminina no Paraná (1977-2000) (Tese de Doutorado). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil.

Scott, J. (1991). Gênero: uma categoria útil de análise histórica (C. R. Dabat, & M. B. Ávila, Trad.). Recife, SOS Corpo.

Silva, A. B. O., Matheus, R. F., Parreiras, F. S., & Parreiras, T. A. S. (2006). Análise de redes sociais como metodologia de apoio para a discussão da interdisciplinaridade na ciência da informação. Ciência da Informação, 35(1), 72-93. doi: 10.1590/S0100-19652006000100009

Soares, A. (2017) Cuidado e Confiança. In A. R. P. Abreu et al. (Orgs.), Gênero e Trabalho no Brasil e na França: perspectivas interseccionais (pp.213-222, 1 ed.). São Paulo: Boitempo.

Soares, B. M., & Musumeci, L. (2005). Mulheres Policiais: presença feminina na Polícia Militar do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Soihet, R. (2005). Zombaria como arma antifeminista: instrumento conservador entre libertários. Revista Estudos Feministas, 13(3), 591-612. doi: 10.1590/S0104-026X2005000300008

Downloads

Publicado

2020-01-04

Como Citar

Da Silva, D. A. (2020). Luz, Câmera, Ação: Notas Sobre as Atuações Performáticas da Mulher Policial Sob o Olhar dos Meios de Comunicação. PSI UNISC, 4(1), 67-82. https://doi.org/10.17058/psiunisc.v4i1.13703

Edição

Seção

Artigos