Análise funcional dos sintomas depressivos do transtorno depressivo maior

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/psiunisc.v5i1.14322

Palavras-chave:

Transtorno depressivo maior, Depressão, Comportamentalismo.

Resumo

O Transtorno Depressivo Maior (TDM) causa prejuízos em todas as áreas na vida do indivíduo, e de acordo com a Organização Mundial da Saúde, será a doença mais incapacitante até o ano de 2020. Objetivou-se propor um entendimento sobre os sintomas depressivos do TDM presentes no DSM-5 pela perspectiva da análise do comportamento (AC). Os sintomas depressivos do TDM ocorrem principalmente devido à estimulação aversiva, por reforço negativo (comportamentos de fuga e esquiva), por processos de extinção e por baixo reforçamento positivo de comportamentos não depressivos. A análise funcional da relação aprendida entre o organismo e o ambiente é necessária para avaliar os sintomas depressivos, que resultam desta interação. Fatores relacionais e culturais, como interações familiares e sociais, o sexo/gênero, comportamento verbal e práticas culturais também precisam ser considerados na análise dos sintomas depressivos do TDM para se compreender sua variabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Paula Gazzoni, Psicóloga clínica

Psicóloga clínica, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental pela IMED – Passo Fundo (RS).

Vinícius Renato Thomé Ferreira, IMED

doutor em psicologia pela pela PUCRS (2008), graduado em psicologia pela Universidade de Passo Fundo (1998), especialista em Relações Familiares (UPF), e mestre em psicologia (PUCRS). Coordenou a estruturação da Escola de Psicologia da IMED e foi Diretor Acadêmico (2010-2012). Foi professor da UnC em Concórdia e Caçador, e da Universidade Regional Integrada, em Erechim e Santo Ângelo. Psicólogo clínico. Tem experiência na área de psicologia, com ênfase em avaliação terapêutica, especialmente sintomas depressivos, avaliação psicológica, psicopatologia e análise do comportamento. Professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação, mestrado, em Psicologia da IMED.

Referências

Abreu, P. B. (2006). Terapia analítico-comportamental da depressão: uma antiga ou uma nova ciência aplicada? Revista de Psiquiatria Clínica, 33(6), 322-328. doi: 10.1590/s0101-60832006000600005

American Psychiatric Association [APA]. (2014). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5. Porto Alegre: Artmed.

Azevedo, L. A., Almeida, T. C., & Moreira, A. H. (2009). “O resfriado da psiquiatria”: a depressão sob o ponto de vista analítico-comportamental. Transformações em Psicologia, 2(1), 65-85. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-106X2009000100005&lng=pt

Banaco, R. A. (2004). Punição positiva. In: C. N. Abreu & H. J. Guilhardi (Eds.), Terapia Comportamental e Cognitivo-comportamental: práticas clínicas (pp. 61-71). São Paulo: Roca.

Bandini, C. S. M., & Delage, P. E. G. A. (2012). Pensamento e criatividade. In: Hubner, M. M. C., & Moreira, M. B. (Eds.), Temas clássicos da psicologia sob a ótica da Análise do Comportamento (pp. 117-128). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Carvalho Neto, M. B. (2002). Análise do comportamento: behaviorismo radical, análise experimental do comportamento e análise aplicada do comportamento. Interação em Psicologia, 6(1), 13-18. doi: 10.5380/psi.v6i1.3188

Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: Comportamento, Linguagem e Cognição. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

Cavalcante, S. N. (1997). Notas sobre o fenômeno depressão a partir de uma perspectiva analítico-comportamental. Psicologia: Ciência e Profissão, 17(2), 2-12. doi: 10.1590/s1414-98931997000200002

Correia, K. M. L., & Borloti, E. (2011). Mulher e depressão: uma análise comportamental-contextual. Acta Comportamentalia: Revista Latina de Análisis de Comportamiento, 19(3), 359-373. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0188-81452011000300007&lng=pt&tlng=pt

Darwich, R. A., & Tourinho, E. Z. (2005). Respostas emocionais à luz do modo causal de seleção por consequências. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 7(1), 107-118. Doi: 10.31505/rbtcc.v7i1.46

Fernandes, C. S., Falcone, E. M. O., & Sardinha, A. (2012). Deficiências em habilidades sociais na depressão: estudo comparativo. Psicologia: Teoria e Prática, 14(1), 183-196. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872012000100014&lng=pt&tlng=pt

Ferster, C. B. (1973). A functional analysis of depression. American Psychologist, 28(10), 857–870. doi: 10.1037/h0035605

Glenn, S. S. (1988). Contingencies and metacontingencies: Toward a synthesis of behavior analysis and cultural materialism. The Behavior Analyst, 11(2), 161-179. doi: https://doi.org/10.1007/bf03392470

Glenn, S. S. (2015). Comportamento individual, cultura e mudança social. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, 11(2), 208-222. doi: 10.18542/rebac.v11i2.4015

Hersen, M., Eisler, R. M., Alford, G. S., & Agras, W. S. (1973). Effects of token economy on neurotic depression: An experimental analysis. Behavior Therapy, 4(3), 392–397. doi: 10.1016/S0005-7894(73)80119-4

Hünziker, M. H. L. (2001). O desamparo aprendido e a análise funcional da depressão. In D. R. Zamignani (Eds.), Sobre Comportamento e Cognição: a aplicação da análise do comportamento e da terapia cognitivo-comportamental no hospital geral e nos transtornos psiquiátricos (V. 3, pp. 145-153). Santo André: ESETec.

Kaplan, K. A., & Harvey, A. G. (2016). Tratamento dos transtornos do sono. In: Barlow, D. H. (Eds.), Manual clínico dos transtornos psicológicos: tratamento passo a passo (pp. 636-664). Porto Alegre: Artmed.

Kupferberg A, Bicks L, Hasler G. (2016). Social functioning in major depressive disorder. Neuroscience & Biobehavioral Reviews (69), 313-332. doi: 10.1016/j.neubiorev.2016.07.002

Martin, G., & Pear, J. (2009). Modificação de Comportamento: o que é e como fazer. São Paulo: Roca.

Moreira, M. B.; Medeiros, C. A. (2007). Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed.

Morin, C. M., Bootzin, R. R., Buysse, D. J., Edinger, J. D., Espie, C. A., & Lichstein, K. L. (2006). Psychological and behavioral treatment of insomnia: update of the recent evidence (1998–2004). Sleep, 29(11), 1398-1414. doi: 10.1093/sleep/29.11.1398

Moriyama, J. D. S., & Amaral, V. L. A. R. D. (2007). Transtorno dismórfico corporal sob a perspectiva da análise do comportamento. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 9(1), 11-25. doi: 10.31505/rbtcc.v9i1.143

Organização mundial de saúde [OMS]. (2017). Saúde mental: nova compreensão, nova esperança. Genova: OMS.

Reisinger, J. J. (1972). The treatment of “anxiety-depression” via positive reinforcement and response cost. Journal of Applied Behavior Analysis, 5(2), 125-130. doi: 10.1901/jaba.1972.5-125

Rico, V. V., Golfeto, R., & Hamasaki, E. I. M. (2012). Sentimentos. In: Hubner, M. M. C., & Moreira, M. B. (Eds.), Temas clássicos da psicologia sob a ótica da Análise do Comportamento (pp. 88-99). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Sadock, B. J., Sadock, V. A., & Ruiz, P. (2017). Compêndio de Psiquiatria: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica (11 ed.). Porto Alegre: Artmed.

Skinner, B. F. (1957/2014). Verbal behavior. BF Skinner Foundation.

Skinner, B. F. (1974/1982). Sobre o behaviorismo. São Paulo: Cultrix.

Skinner, B. F. (1953/2003). Ciência e comportamento humano. São Paulo: Martins Fontes.

Downloads

Publicado

2021-01-05

Como Citar

Gazzoni, A. P., & Ferreira, V. R. T. (2021). Análise funcional dos sintomas depressivos do transtorno depressivo maior. PSI UNISC, 5(1), 167-176. https://doi.org/10.17058/psiunisc.v5i1.14322

Edição

Seção

Ensaios