Reflexões acerca da formação em Gestalt-terapia no Brasil

Autores

  • Lázaro Castro Silva Nascimento Universidade de Brasília
  • Jorge Ponciano Ribeiro Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.17058/psiunisc.v1i1.9557

Palavras-chave:

Formação de gestalt-terapeutas. Gestalt-terapia. Literatura gestáltica.

Resumo

O primeiro instituto de Gestalt-terapia foi fundado em 1952 nos Estados Unidos. Com o passar dos anos, a Gestalt-terapia se difundiu em diversos países no mundo incluindo o Brasil. A sua larga difusão trouxe também formas variadas para a formação de Gestalt-terapeutas. Este trabalho é uma revisão narrativa de literatura acerca das formações em Gestalt-terapia. Buscamos compreender esta diversidade na literatura gestalt-terapêutica especificamente no solo brasileiro. Inicialmente a Gestalt-terapia ganhou bastante visibilidade nos EUA a partir dos workshops ofertados por Fritz Perls. Contudo, sua consistência teórica e sua difusão sistemática foram realizadas a partir da criação de institutos e de associações. Concluímos que a formação em Gestalt-terapia no Brasil parece acontecer por, pelo menos, duas vias: 1) cursos livres/especializações; 2) a partir de estudo e supervisão clínica com Gestalt-terapeuta mais experiente; Contudo, é comum encontrar “Gestalt-terapeutas autointituladas/os” que tiveram contato com a Gestalt-terapia apenas em cursos de graduação.

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Biografia do Autor

Lázaro Castro Silva Nascimento, Universidade de Brasília

Psicólogo Gestalt-terapeuta (CRP-08/20085). Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura da Universidade de Brasília. Coordenador do Instituto Figura-Fundo – Processos formativos em Gestalt-terapia (Curitiba/PR).

Jorge Ponciano Ribeiro, Universidade de Brasília

PhD. Gestalt-terapeuta. Professor Emérito da Universidade de Brasília. Fundador e presidente do Instituto de Gestalt-terapia de Brasília (IGTB).

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Publicado

2017-07-02

Como Citar

Nascimento, L. C. S., & Ribeiro, J. P. (2017). Reflexões acerca da formação em Gestalt-terapia no Brasil. PSI UNISC, 1(1), 142-153. https://doi.org/10.17058/psiunisc.v1i1.9557

Edição

Seção

Artigos