Violência contra crianças e adolescentes: (in)visibilidades e problematizações
DOI:
https://doi.org/10.17058/psiunisc.v1i1.9804Palavras-chave:
Violência. Abuso sexual na infância. Violência doméstica. Saúde pública.Resumo
Este artigo é o resultado de uma pesquisa-intervenção realizada com profissionais de duas Unidades de Saúde do município de Porto Alegre/RS. Para produção de dados, utilizou-se como dispositivo o grupo focal e como ferramenta de análise das informações, a Análise de Conteúdo. A narrativa transcorre a partir das reflexões decorrentes dos grupos focais que objetivaram investigar como a violência contra crianças e adolescentes, em suas diferentes formas, se expressa no cotidiano de profissionais de saúde, apontando três categorias de análise: diferentes violências, (in)visibilidade da violência sexual e estratégias de enfrentamento e sentimentos predominantes. A partir das falas dos profissionais, destaca-se o quanto a violência contra crianças e adolescentes está presente no cotidiano, tanto em formas explícitas, como a violência no território, quanto de forma mais silenciosa e invisibilizada, como a violência sexual. Foram identificados sentimentos de medo, frustração e impotência relacionados às questões da denúncia e da notificação dos casos e angústia frente à resolutividade das mesmas. A educação permanente em saúde e a capacitação envolvendo esta temática, além da ação intersetorial e multiprofissional são consideradas fundamentais para o trabalho efetivo diante da violência contra crianças e adolescentes.
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