Narrar a própria história de vida e a prática docente pode contribuir para ações humanizadoras?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/rea.v32i3.19848

Palavras-chave:

Humanização, História de vida, Educação Física, Narrativa, Carta

Resumo

Este artigo é oriundo de uma dissertação de mestrado que teve, como objetivo, compreender o processo de humanização nas histórias de vida, na formação e na prática docente de professores(as) de Educação Física (EF). Trata-se de uma pesquisa narrativa, que contou com a participação de uma professora e quatro professores de EF da rede pública do município de Caieiras-SP, que narraram suas histórias e experiências, por meio de cartas, conversas individuais e roda de conversa. O gênero carta foi o escolhido para entretecer a narrativa da pesquisa. Tomando como referência a concepção de humanização de Paulo Freire, reconhecemos sinais de humanização nas narrativas da professora e dos professores. Nesse caminho, foi necessário um exercício constante de sensibilidade, de escuta, de respeito às histórias de vida das pessoas que produziram conosco essa trilha investigativa esperançosa, por meio da pesquisa narrativa. Humanizar passa por nos colocar na condição de quem aprende e compreende que somos atravessados por nossas experiências. Desse modo, narrar a própria história de vida e a prática docente, entregando-nos a um processo (auto)biográfico de (auto)formação, pode contribuir, sim, para ações humanizadoras.

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Biografia do Autor

Raphael Cutis Dias, Unicamp/Doutorando

Sou Pai da Maria, do Henrique, da Elisa e do Pedro. Doutorando (2024) e Mestre em educação pela Faculdade de Educação da Unicamp (2023) com estudo sobre "Humanização nas histórias de vida, na formação e na prática docente de professores de Educação Física da rede municipal de ensino de Caieiras-SP". Aperfeiçoamento (2019) e especializado (2020) em Metodologias Ativas de Aprendizagem com Ênfase na Formação Docente (Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS). Especializado em Treinamento Personalizado (2017/18) e bacharel em Educação Física pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (2015). Especialização em Gerenciamento de Projetos (2013) e Licenciatura Plena em Educação Física pela Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo (2010). Estou animador cultural no Sesc São Paulo (Unidade Santana) sendo responsável pelas programações de diversidade cultural, direitos humanos, dança e pela gestão da equipe do educativo, responsável pelas mediações artísticas. Atuei como monitor de esportes (2022 a 2024) na gestão de pessoas, do programa de atividades aquáticas, do programa de práticas corporais e das ações digitais, membro dos comitês BemViver e ComViver. Fui educador em atividades físico-esportivas no Sesc São Paulo (Consolação) e como personal trainer focado na promoção de saúde. Tenho experiências em educação social e sócio esportiva em instituições do Brasil e de Angola. Palestrante, especialista em brinquedos cantados, professor voluntário na formação de professores em Angola (2012) e de atividades físico-esportivas em ONGs do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de São Paulo. Recreador em campings e festas. Faixa preta de karatê shotokan (2004) tendo atuado como atleta, monitor, professor e arbitro. Voluntário dos Escoteiros do Brasil desde 2000 com atuação na educação não formal de jovens, formação de adultos em todo o Brasil, gestão local, regional e nacional. Cargos de confiança nas prefeituras de Vitória-ES e Cariacica-ES.

Eliana Ayoub, Faculdade de Educação Unicamp

Docente da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (FE-Unicamp) desde 1998, no Departamento de Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte (Delart), atuando no âmbito da graduação, da pós-graduação e da extensão. Livre-Docente (2019) na área de Conhecimento e Linguagem (disciplina: Educação, corpo e arte) pela FE- Unicamp. Doutora (1998) e mestra (1993) em Educação Física pela Faculdade de Educação Física da Unicamp. Graduada em Licenciatura e Bacharelado em Educação Física (1989) pela mesma instituição. Seus estudos e pesquisas envolvem as seguintes temáticas: formação de professores(as); corpo, linguagem e educação; ginástica para todos(as); cartas e narrativas; iniciação à docência; estágio supervisionado; e educação física escolar. Atuou na presidência da Comissão Permanente de Formação de Professores da Pró-Reitoria de Graduação da Unicamp de 2008 a 2016. Em 2016, recebeu o Prêmio de Reconhecimento Docente pela Dedicação ao Ensino de Graduação da Unicamp. Desde 2010, faz parte da equipe de coordenação do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid/Capes) da Unicamp. A partir de abril de 2018, tornou-se coordenadora institucional do Pibid-Unicamp e, desde 2020, atua na equipe de coordenação institucional do Pibid e do Programa de Residência Pedágogica (PRP/Capes) da Unicamp. É líder do Laboratório de Estudos sobre Arte, Corpo e Educação (Laborarte) da FE-Unicamp e membra do Grupo de Pesquisa em Ginástica da Faculdade de Educação Física da Unicamp, tendo sido colaboradora na formação e constituição do Grupo Ginástico Unicamp. É membra da Antena CRIFPE-Brasil (Centre de recherche international sur la formation et la profession enseignante), sediado na Unesp (Campus Rio Claro), sob direção de Samuel de Souza Neto (Unesp) e Denise Damasco (UnB). Dentre suas produções, destacam-se: o livro: Memórias da educação física na escola: cartas de professoras, publicado pela Pontes Editores; os livros: Ginástica geral e educação física escolar e, Grupo Ginástico Unicamp: 25 anos (em coautoria), ambos publicados pela Editora da Unicamp; e a organização dos 9 livros da Coleção: Formação Docente em Diálogo do Pibid-Unicamp.

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Publicado

2024-12-16

Como Citar

Dias, R. C., & Ayoub, E. (2024). Narrar a própria história de vida e a prática docente pode contribuir para ações humanizadoras?. Reflexão E Ação, 32(3), 64-79. https://doi.org/10.17058/rea.v32i3.19848

Edição

Seção

Pesquisas narrativas, formação de professores(as) e cotidiano escolar