TRABALHAR PARA ESTUDAR / ESTUDAR PARA TRABALHAR: REALIDADE E POSSIBILIDADES

Autores

  • Janes Siqueira

DOI:

https://doi.org/10.17058/rea.v19i1.1989

Resumo

O trabalho que apresentamos é parte da pesquisa com os estudantes das licenciaturas e da pedagogia da Universidade de Santa Cruz do Sul-UNISC-RS-Brasil. Este está inserido na linha de pesquisa: educação, trabalho e emancipação. Queremos compreender, à luz do materialismo histórico e dialético e das categorias da crítica da economia política, os significados atribuídos pelos estudantes universitários ao fenômeno trabalho e estudo. É uma pesquisa preferentemente qualitativa de natureza dialética. Para Marx, a essência da realidade humana reside no trabalho, mas a fonte de toda a riqueza está na natureza. Logo, trabalho, natureza e sociedade estão em relação dialética. Trabalho, portanto, é a ideia central articuladora, e natureza e sociedade devem ser estudadas em conexão com o trabalho. Marx trata o trabalho, no modo de produção capitalista, como impedimento ao desenvolvimento humano. Propõe o mesmo como um ato de criação e auto-expressão humana que não deve ter um valor. A compreensão dessa premissa é necessária para que os trabalhadores possam significar e ressignificar o trabalho para além da ideologia dominante. Algumas categorias aparecem como relevantes para a análise: condições de trabalho e de estudo, necessidade de formação, predominância do trabalho sobre o estudo, dificuldade de conciliar tempo de estudo e de trabalho. Na relação com o objeto de estudo, ressaltaremos a crise estrutural do capital, a desregulamentação das leis do trabalho e sua flexibilização e as contradições entre trabalho e estudo bem como quais possibilidades emancipatórias são visualizadas ou sonhadas pelos trabalhadores-estudantes. PALAVRAS-CHAVE: contradições entre trabalho e educação, condições e significados, realidade e possibilidades.

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Publicado

2011-07-06

Como Citar

Siqueira, J. (2011). TRABALHAR PARA ESTUDAR / ESTUDAR PARA TRABALHAR: REALIDADE E POSSIBILIDADES. Reflexão E Ação, 19(1), 95-122. https://doi.org/10.17058/rea.v19i1.1989