COMO ANDAR SEM POESIA?

Autores

  • Angela Fronckowiak

DOI:

https://doi.org/10.17058/rea.v16i1.568

Resumo

O artigo reflete sobre a fruição do gênero poético por crianças ainda não alfabetizadas a partir de momentos compartilhados com elas no cotidiano de escolas de Educação Infantil. Essa vivência, vinculada ao projeto de pesquisa Poesia e infância1, demonstrou a relevância de possibilitar às crianças um contato intenso com a poesia, texto singular que as capacita a expressar, na sua linguagem, o modo como interagem com o outro e com o mundo. Através de encontros semanais com crianças de 4 a 6 anos de duas escolas da região do Vale do Rio Pardo/RS, foi possível perceber uma extrema abertura da infância para os jogos vocabulares e sonoros. Na continuidade da pesquisa, pudemos estudar as características textuais mais valorizados pelas crianças na escuta de textos poéticos. Uma hipótese era a de que a audição regular de poemas potencializava a repercussão e a ressonância, aspectos apontados por Gaston Bachelard como intrínsecos ao devaneio poético, experiência oportunizada pela leitura/audição da poesia e que faculta ao leitor encontrar “um não-eu meu que me permite viver minha confiança de estar no mundo” (BACHELARD, 1988, p. 13)2. Ancorado nos resultados obtidos, este texto defende a rima e o discurso predominante do poema como fatores essenciais para os pequenos experimentarem a ressonância poética.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2008-11-05

Como Citar

Fronckowiak, A. (2008). COMO ANDAR SEM POESIA?. Reflexão E Ação, 16(1), 68-83. https://doi.org/10.17058/rea.v16i1.568

Edição

Seção

Artigos Temáticos