Avaliação do conhecimento sobre o tratamento fisioterápico da incontinência urinária de esforço entre gestantes e puérperas atendidas na rede pública de saúde do município de Patrocínio-MG
DOI:
https://doi.org/10.17058/rips.v1i1.11942Resumo
Objetivo: Avaliar o conhecimento a respeito do tratamento fisioterapêutico na incontinência urinária de esforço entre gestantes e puérperas atendidas na rede pública de saúde do município de Patrocínio-MG. Método: Foi realizado estudo de delineamento transversal com 80 mulheres (40 gestantes e 40 puérperas), com idades entre 16 e 38 anos, selecionadas aleatoriamente, e residentes no município de Patrocínio-MG, após aprovação pelo Comitê de Ética do UNICERP. Os critérios de inclusão adotados foram ter idade mínima de 15 anos e máxima de 40 anos, e estar no último trimestre de gestação ou puerpério imediato. Para verificar o conhecimento sobre a fisioterapia na incontinência urinária foi aplicado um questionário semi-estruturado elaborado pelos pesquisadores. A comparação entre os grupos foi feita por meio do teste do qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher, adotando-se nível de significância estatística de 95%. Resultados: Entre todas as pacientes (n=80), 17.5% das gestantes e 20% das puérperas sabiam sobre a atuação da fisioterapia no tratamento da incontinência urinária, não havendo diferença significativa entre os grupos (p=0,77). Nas pacientes com incontinência urinária (n=27), estes números foram de 23.5% e 20% para gestantes e puérperas, respectivamente, as quais não diferiram estatisticamente (p=0,83). Considerações Finais: Foi observado baixo conhecimento sobre a atuação da fisioterapia no tratamento da incontinência urinária de esforço, o qual representa a principal alternativa ao tratamento cirúrgico da mesma.Downloads
Referências
Freitas F. Rotinas em Ginecologia. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed. 2006.
Berek JS. Tratado de Ginecologia. 14ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2008. 3.Silveira JG, Silveira GPG. Ginecopatias de causa obstétrica. In: Rezende J. Obstetrícia. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2002. 4.Ramos JGL, Oliveira FR, Schmidt AP. Avaliação da incontinência urinária feminina. In: Freitas F. Rotinas em Ginecologia. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed. 2006. p. 168-78. 5.Frigo LF, Bordin DF, Romeiro CAP. Avaliação da frequência de incontinência urinária em jogadoras de voleibol amadoras de Santa Maria-RS. Cinergis. 2015;16(4):267-270. doi: 10.17058/cinergis.v16i5.6761. 6.Thom D. Variations in estimates of urinary incontinence prevalence in the community: effects of differences in definition, population characteristics, and study type. J Am Geriatr Soc. 1998;46(4):473-80. doi: 10.1111/j.1532-5415.1998.tb02469.x 7.Dumoulin C, Morin M, Mayrand MH, Tousignant M, Abrahamowicz M. Group physiotherapy compared to individual physiotherapy to treat urinary incontinence in aging women: study protocol for a randomized controlled trial. Trials. 2017;18(1):544. doi: 10.1186/s13063-017-2261-4. 8.Guarisi T, Pinto Neto AM, Osis MJ, Pedro AO, Paiva LH, Faúndes A. Urinary incontinence among climateric brazilian women: household survey. Rev Saúde Pública. 2001;35:428-35. doi: 10.1590/S0034-89102001000500004 9.Bicalho OJ, Rocha Filho MA, Faria Neto NA. Doenças neurológicas e envelhecimento: disfunções miccionais habitualmente conseqüentes. In: Bruschini H, Kano H, Damião R (ed). I Consenso Brasileiro. Incontinência urinária, uroneurologia, disfunções miccionais. São Paulo: BG Cultural. 1999. p. 55-64. 10.Higa RL, Lopes MHBM, Reis MJ. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. Rev Esc Enferm. 2008; 42(1):187-92. doi: 10.1590/S0080-62342008000100025 11.Lopes DBM, Praça NS. Incontinência urinária autorreferida no pós-parto: características clínicas. Rev Esc Enferm. 2012;46(3):559-64. doi: 10.1590/S0080-62342012000300005 12.Magajewski FRL, Beckhauser MT, Grott Y. Prevalência de incontinência urinária em primigestas em um hospital no sul do Brasil. Arq Cat Med. 2013;42(3):54-58. 13.Sangsawang B. Risk factors for the development of stress urinary incontinence during pregnancy in primigravidae: a review of the literature. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2014;178:27-34. doi: 10.1016/j.ejogrb.2014.04.010 14.Guarda RI, Garibam, Nohama P, Amaral VF. Tratamento conservador da incontinência urinária de esforço. Femina. 2007;35(4):219-27. 15.Bernards AT, Berghmans BC, Slieker-Tem Hove MC, Staal JB, Bie RA, Hendriks EJ. Dutch guidelines for physiotherapy in patients with stress urinary incontinence: an update. Int Urogynecol J. 2014;25(2):171-9. doi: 10.1007/s00192-013-2219-3 16.Rett MT, Simões JA, Herrmann V, Gurgel MSC, Morais SS. Qualidade de vida em mulheres após tratamento da incontinência urinária de esforço com fisioterapia. Rev Bras Ginecol Obstet. 2007;29(3):134-40. doi: 10.1590/S0100-72032007000300004 17.Volkmer C, Monticelli M, Reibnitz KS, Brüggemann OM, Sperandio FF. Incontinência urinária feminina: revisão sistemática de estudos qualitativos. Ciênc Saúde Coletiva. 2012;17(10):2703-15. doi: 10.1590/S1413-81232012001000019 18.Polden M, Mantle J. Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia. 2ª ed. São Paulo: Santos. 2002. 19.Oliveira APV. Qualidade de vida na percepção de mulheres no climatério submetidas à fisioterapia para incontinência urinária de esforço genuína [monografia]. Muriaé: FAMINAS. 2007.
Moreno AL. Fisioterapia em Uroginecologia. 1ª ed. São Paulo: Manole. 2004. 21.Abrams P, Andersson KE, Brubaker L, Cardozo L, Cottenden A, Denis L, et al. Recommendations of the International Scientific Committee: evaluation and treatment of urinary incontinence, pelvic organ prolapse and fecal incontinence. Third International Consultation on Incontinence of the International Continence Society. Paris: Health Publications. 2005. 22.Figueiredo EM, Lara JO, Cruz MC, Quintão DMG, Monteiro MVC. Perfil sociodemográfico e clínico de usuárias de serviço de fisioterapia uroginecológica da rede pública. Rev Bras Fisioter. 2008;12(2):136-42. doi: 10.1590/S1413-35552008000200010 23.Ghaderi F, Oskouei AE. Physiotherapy for Women with Stress Urinary Incontinence: A Review Article. J Phys Ther Sci. 2014;26(9):1493–1499. 24.Burgio KL, Robinson JC, Engel BT. The role of biofeedback in Kegel exercise training for stress urinary incontinence. Am J Obstet Gynecol. 1986;154(1):58-64. 25.Oliveira JR, Garcia RR. Kinesiotherapy on treatment of Urinary Incontinences in elderly women. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2011;14(2):343-351. doi: 10.1590/S1809-98232011000200014
Glisoi, SFN; Girelli, P. Importância da fisioterapia na conscientização e aprendizagem da contração da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária. Rev Bras Clín Med 2011;9(6);408-413. doi: 10.1590/S0103- 51502012000300019 27.Ayeleke RO, Hay-Smith EJ, Omar MI. Pelvic floor muscle training added to another active treatment versus the same active treatment alone for urinary incontinence in women. Cochrane Database Syst Rev. 2015;11:1-108. doi: 10.1002/14651858.CD010551.pub3. 28.Fürst MC, Mendonça RR, Rodrigues AO, Matos LL, Pompeo AC, Bezerra CA. Long-term results of a clinical trial comparing isolated vaginal stimulation with combined treatment for women with stress incontinence. Einstein. 2014;12(2):168-74. doi: 10.1590/S1679-45082014AO2866 29.Prudencio CB, Nava GTA, Cardoso MA, Marreto RB, Sousa EA, Valenti VE, Barbosa AMP. Evolution of female urinary continence after physical therapy and associated factors. Int Arch Med. 2014;7:24. doi: 10.1186/1755-7682-7-24 30.Tajiri K, Huo M, Maruyama H. Effects of Co-contraction of Both Transverse Abdominal Muscle and Pelvic Floor Muscle Exercises for Stress Urinary Incontinence: A Randomized Controlled Trial. J Phys Ther Sci. 2014;26(8):1161-3. doi: 10.1589/jpts.26.1161 31.Lacombe AC, Riccobene VM, Nogueira LA. Effectiveness of a program of therapeutic exercises on the quality of life and lumbar disability in women withStress Urinary Incontinence. J Bodyw Mov Ther. 2015;19(1):82-8. doi: 10.1016/j.jbmt.2014.04.002 32.Fozzatti MCM, Palma P, Herrmann V, Dambros M. Impacto da reeducação postural global no tratamento da incontinência urinária de esforço feminina. Rev Assoc Med Bras. 2008;54(1):17-22. doi: 10.1590/S0104-42302008000100015
Costa TF, Resende APM, Seleme MR et al. Ginástica hipopressiva como recurso proprioceptivo para os músculos do assoalho pélvico de mulheres incontinentes. Fisioter Bras. 2011;12(5):365-69.
Valente MG, Freire AB, Real AA, Pozzebon MM, Braz MM, Hommerding PX. Efeitos da ginástica abdominal hipopressiva sobre a musculatura pélvica em mulheres incontinentes. Cinergis. 2015;16(4):237-241. doi: 10.17058/cingergis.v16i5.6471
Pereira AR, Côrtes MA, Valentim FCV, Pozza AM, Rocha LPO. Proposta de tratamento fisioterapêutico para melhoria da incontinência urinária de esforço pós- trauma: relato de caso. Revista Ciência e Estudos Acadêmicos de Medicina. 2014;2:10-19.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.