Dos templos às redes sociais: estudo do facebook numa interface com o fundamentalismo religioso

Autores

  • Alex Silva Messias Universidade Católica Dom Bosco
  • Marcio Luis Costa Universidade Católica Dom Bosco - UCDB

DOI:

https://doi.org/10.17058/rips.v1i4.13051

Palavras-chave:

Redes Sociais, Fundamentalismo Religioso, Facebook.

Resumo

Introdução: atualmente os usuários das redes sociais não são sujeitos meramente passivos, como o fora até o século XX, mas produzem, difundem, questionam, transformam e compartilham informações em escala global. Trata-se de uma ruptura entre o real e o virtual, o “aqui” e o “lá”, desdobrando-se num continuum, de difícil e tênue o delineamento de fronteiras. Objetivo: compreender o real e o virtual, o “aqui” e o “lá” das redes sociais, numa interface com o fundamentalismo religioso. Método: através do método bibliográfico narrativo, durante seis meses, com o critério de inclusão e exclusão, selecionou-se para a discussão somente os autores que discutem os recursos e ameaças que as redes sociais e o fundamentalismo religioso podem oferecer aos seus usuários e adeptos. Em seguida, escolheu-se o Facebook, para analisar os riscos de sua ingênua utilização. Resultados: na utilização do Facebook e o subjacente contato com as várias religiões é possível que o usuário vá se tornando um “transreligioso”, que numa interação respeitosa poderá ser fonte de enriquecimento e convivência com o diferente, no entanto, essa mesma rede social, pode ser utilizada pelos fundamentalistas religiosos para amplificar suas crenças, angariar prosélitos, formar militantes, com ações de negação e supressão da crença alheia. Discussão: percebe-se que os fundamentalistas religiosos têm percorrido um itinerário que vai dos “templos às redes sociais”. Essa emigração pode gerar diversos comportamentos, tanto inefáveis como hostis e agressivos, principalmente quando os fundamentalistas interagem no ciberespaço com uma postura de afirmação radical de um princípio religioso para além de toda dúvida. Conclusão: tanto as redes sociais como o fundamentalismo religioso, “vieram para ficar” e ignorá-los ou negá-los, não seria o melhor caminho. Por isso, recomenda-se futuras pesquisas que aprofunde ambos os fenômenos, vislumbrando a utilização saudável das redes sociais e a vivencia madura da religião.

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Biografia do Autor

Alex Silva Messias, Universidade Católica Dom Bosco

Licenciado em Filosofia pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB, bacharel em Teologia pela Faculdade João Paulo II - FAJOPA/USP, bacharel eclesiástico pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, possui Especialização em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade da Grande Dourados - UNIGRAN. Atualmente é mestrando em Psicologia na UCDB e interessa-se pelas áreas de Religião e Psicologia.

 

Marcio Luis Costa, Universidade Católica Dom Bosco - UCDB

Cursou graduação em Filosofia (1988) na FUCMT, hoje UCDB. Cursou o Mestrado (1996) e o Doutorado (2000) em Filosofia pela Universidade Nacional Autónoma do México. No Curso de Graduação em Filosofia da UCDB colabora como professor de ética e ontologia, integra o NDE. No Programa de Mestrado e Doutorado em Psicologia da UCDB colabora transversalmente, desde a Filosofia, com a discussão e o aprofundamento dos temas relativos às condições epistemológicas e fenomenológicas para a construção do conhecimento científico na pesquisa no campo da Psicologia. Coordena o Grupo de Pesquisa Modelos Histórico-epistemológicos e Produção de Saúde, com registro no CNPQ e Certificação da UCDB. Foi Coordenador do Programa de Mestrado e Doutorado em Psicologia da UCDB de 2014 a 2017. Integrou e presidiu o CEP da UCDB por dois mandatos consecutivos, de 2013 a 2018. Colabora como Professor convidado na disciplina de Epistemologia no Doutorado em Educação da UCDB.

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Publicado

2018-10-04

Como Citar

Messias, A. S., & Costa, M. L. (2018). Dos templos às redes sociais: estudo do facebook numa interface com o fundamentalismo religioso. Revista Interdisciplinar De Promoção Da Saúde, 1(4), 248-255. https://doi.org/10.17058/rips.v1i4.13051

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL