Agente comunitário de saúde na atenção integral à saúde da mulher: dificuldades para o desenvolvimento das ações
DOI:
https://doi.org/10.17058/rips.v3i1.15776Palavras-chave:
Agentes Comunitários de Saúde, Educação em Saúde, Saúde da Mulher, Atenção Primária à Saúde.Resumo
Objetivo: identificar as principais dificuldades e anseios apontados pelos Agentes Comunitários de Saúde em relação ao desenvolvimento das ações de saúde da mulher junto à comunidade. Método: estudo qualitativo de caráter descritivo exploratório, realizado com 102 Agentes Comunitários de Saúde que atuam na rede básica de saúde do município de Santa Cruz do Sul. A coleta de dados ocorreu durante a realização de uma atividade educativa, mediante o preenchimento de um formulário autoaplicável contendo um roteiro de questões semiestruturadas. A exploração dos dados ocorreu através da análise temática. Resultados: as principais dificuldades evidenciadas pelos Agentes Comunitários de Saúde foram os obstáculos referentes ao acesso da população aos serviços de saúde, como distância entre as residências e unidades de saúde, os horários dos atendimentos e restrição da disponibilidade do transporte coletivo. No que se refere a baixa adesão da população feminina aos serviços de atenção à saúde da mulher, fatores como baixo grau de escolaridade, precárias condições de vida, aspectos culturais e crenças equivocadas sobre o processo saúde-doenças são apontados como causas desse contratempo. Em relação as fragilidades encontradas pelos Agentes Comunitários de Saúde, destacam a falta de conhecimento sobre patologias para realizar orientações e desenvolver ações de educação em saúde. Conclusão: a saúde da mulher caracteriza-se por ser uma área repleta de especificidades e peculiaridades, necessitando de condutas diferenciadas para efetivação do cuidado. O Agente Comunitário de Saúde se configura como elemento primordial neste âmbito, visto que atua diretamente no âmago da comunidade, sendo um mediador entre o serviço de saúde e os usuários.
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