Comportamento do pico de fluxo expiratório em instrumentistas de sopro de orquestra do município do sul do Brasil: série de casos

Case Series

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/rips.v4i4.17086

Resumo

Objetivo: avaliar o pico de fluxo expiratório em instrumentistas de sopro. O pico de fluxo expiratório se configura em uma variável espirométrica que traduz o grau de obstrução das vias aéreas superiores. Os instrumentistas de sopro ativam com maior frequência os músculos respiratórios e hipotetiza-se que, tal prática, reflete no comportamento da função pulmonar e em especial, do pico de fluxo expiratório. Método: trata-se de uma série de casos composta por cinco instrumentistas do sexo masculino, em que cada instrumentista (I) foi denominado: I1, I2, I3, I4 e I5, sendo os mesmos integrantes de uma orquestra no Sul do Brasil - RS. Foram avaliados os dados antropométricos e o pico de fluxo expiratório, que foi mensurado por meio do Peak-Flow Meter. O nível de atividade física foi avaliado por meio do questionário International Physical Activity Questionnaire (IPAQ versão curta). Tal instrumento classifica o indivíduo em um de cinco níveis de atividade física, sendo eles sedentário, irregularmente ativo A, irregularmente ativo B, ativo e muito ativo. Resultados: dois participantes alcançaram cerca de 80% do valor predito de pico de fluxo expiratório, sendo estes os mais jovens da amostra. O indivíduo que obteve maior valor de pico de fluxo expiratório também foi o mais ativo fisicamente. O indivíduo com o valor mais baixo era praticante de flauta transversal, sedentário e estava recuperado da Covid-19, ressalta-se que a flauta transversal possui o menor calibre dentre os instrumentos praticados pelos indivíduos avaliados, como trombone de vara e saxofone. Conclusão: na amostra avaliada, indivíduos hígidos instrumentistas de sopro de médio e grande calibre praticantes de atividade física apresentaram maiores valores de pico de fluxo expiratório. Tal dado ressalta a influência da prática de instrumentos de sopro sobre a função pulmonar e permite maior visibilidade sobre as pesquisas que permitam maior compreensão sobre a interação entre áreas distintas como a música e a saúde.

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Biografia do Autor

Maria Eduarda Lara de Oliveira, Universidade de Santa Cruz do Sul

Acadêmica do Curso de Fisioterapia (UNISC). Santa Cruz do Sul – RS, Brasil.  Bolsista PIBIT de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PIBIT/CNPq). Atua em projeto de pesquisa com ênfase na área cardiopulmonar e COVID-19.

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Publicado

2021-03-01

Como Citar

Romão Vieira Morinélli, A., Lara de Oliveira, M. E., & Nunes Paiva, D. (2021). Comportamento do pico de fluxo expiratório em instrumentistas de sopro de orquestra do município do sul do Brasil: série de casos: Case Series. Revista Interdisciplinar De Promoção Da Saúde, 4(4). https://doi.org/10.17058/rips.v4i4.17086

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL