ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E RASTREIO DE DIABETES MELLITUS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.17058/rips.v6i1.18186Palavras-chave:
Doenças não Transmissíveis, Atenção Primária à Saúde, AutocuidadoResumo
Introdução: as doenças cardiovasculares, o câncer, o diabetes mellitus e as doenças respiratórias crônicas representam as principais doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), estas são responsáveis por aproximadamente 70% das mortes no planeta. Considerando o alto risco para esses indivíduos, os atendimentos presencias nos serviços públicos de saúde foram adaptados conforme a estratificação de risco e a condição clínica do paciente. Objetivo: analisar a adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica, com o uso do instrumento QATHAS - Questionário de Adesão ao Tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica, rastreando e identificando o conhecimento sobre diabetes mellitus neste grupo de participantes. Método: estudo transversal, analítico, com abordagem quantitativa, desenvolvido em parceria com 9 equipes de saúde da família, e uma amostra de 128 participantes. Os instrumentos de coleta de dados foram: o QATHAS e o Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISC). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: identificou-se com o QATHAS que 38% dos participantes atingiram o nível 90 e 36% o nível 100. Observou-se nas médias de índice de massa corporal e circunferência abdominal dos participantes sobrepeso e acúmulo de gordura abdominal (principalmente nas mulheres). Foi possível correlacionar dentro do público feminino uma adesão positiva em relação ao tratamento medicamentoso anti-hipertensivo e o controle das taxas de glicemia. Com o uso do FINDRISC foi possível verificar uma associação estatisticamente significativa entre a escolaridade e o risco de diabetes. Conclusão: identificou-se adesão mediana ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso para hipertensão arterial sistêmica. E relacionou-se baixo nível de escolaridade, fator predisponente, com aumento do risco de o indivíduo com hipertensão arterial sistêmica desenvolver diabetes mellitus.
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