ANÁLISE DOS EFEITOS COLATERAIS DA BIOPLASTIA COM POLIMETILMETACRILATO
DOI:
https://doi.org/10.17058/rips.v7isuplemento.18964Palavras-chave:
Polimetil Metacrilato, Cirurgia Plástica, Reações AdversasResumo
Introdução: o envelhecimento cutâneo, com a perda de gordura e colágeno, tem levado à crescente popularidade dos preenchimentos permanentes. Dentre eles, o polimetilmetacrilato (PMMA), um produto sintético composto por microesferas de acrílico, destacou-se nos procedimentos de bioplastia em razão do seu baixo custo. No entanto, a utilização inadequada deste material tornou-se uma questão crítica na prática médica devido aos possíveis efeitos adversos graves. Objetivo: analisar os efeitos colaterais da bioplastia com PMMA. Método: revisão integrativa da literatura de artigos em português, inglês e espanhol, publicados entre 2008 e 2023 nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e Redalyc. Os descritores foram manejados com os operadores booleanos na ordem a seguir: “plastic surgery” AND “polymethyl methacrylate” AND “adverse reactions”. Dos 82 artigos encontrados, 7 foram selecionados. Resultados: embora o PMMA seja aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sua utilização indiscriminada apresenta riscos significativos. A persistência do produto no organismo desencadeia a liberação de citocinas pró-inflamatórias que iniciam uma inflamação crônica e, ainda, pode prejudicar o aporte sanguíneo local, levando à necrose e à formação de úlceras. Como resposta protetora, o organismo gera uma cápsula fibrosa em torno das microesferas do PMMA, causando retração tecidual e deformidades. Além disso, as partículas do produto podem migrar pelos vasos linfáticos e sanguíneos e formar granulomas em locais distantes da aplicação original. Conclusão: o uso inadequado e excessivo do PMMA apresenta riscos consideráveis, podendo resultar em complicações estéticas e funcionais de difícil reversão. Portanto, é fundamental que a bioplastia com PMMA seja realizada por profissionais qualificados e em conformidade com as diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM), a fim de minimizar os riscos e prevenir consequências adversas para os pacientes.
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