A QUÍMICA E O LÚDICO NO ENSINO FUNDAMENTAL

EVELINE DA SILVEIRA MOURA CALHEIRO, MATHEUS WINK, WOLMAR ALIPIO SEVERO FILHO

Resumo


Nesse trabalho apresentamos uma proposta de inovação na prática pedagógica de um professor de Química no ensino fundamental. Salientamos a importância dessa ciência nessa modalidade de ensino em que se evidencia muita deficiência no processo do ensino aprendizagem. Entretanto, existe considerável dificuldade dos estudantes em assimilar a Química de maneira significativa em aulas convencionais, para isso, utilizou-se uma metodologia de fácil acesso pelo professor que consiste na adaptação de brincadeiras já recorrentes nessa faixa de idade. É bastante perceptível a satisfação que crianças demonstram ao brincar associando brincadeiras a conteúdos. Buscou-se uma inovação no ensino de Ciências em especial à Química, explorada na oitava série, uma ciência tão importante, mas assustadora por muitos estudantes. Diante desse contexto, exige do professor criatividade na busca por atividades cativantes e lúdicas que promovam este tipo de aprendizado. Na realização do Estágio em Química II tive a oportunidade de por em prática a teoria existente referente ao processo de ensino que busca aproveitar a ludicidade como estratégia didática. Para isso, utilizamos uma metodologia baseada na adaptação de uma brincadeira já existente no contexto das crianças das de séries iniciais do ensino fundamental. Trata-se da adaptação da brincadeira "Meu pai foi à feira", uma atividade que por si só, promove o raciocínio e a memorização, bem como atenção e expressão verbal. Após a explicação em aula dos elementos químicos, tais como, seu nome, seu símbolo químico, sua utilidade, características físicas e onde são encontrados na natureza, realizou-se exercícios de fixação do conteúdo. Para isso, utilizou-se uma tabela periódica em tecido no tamanho de 2,00 m x 1,50 m, contendo todos os elementos dispostos em compartimentos na forma de bolsos. Cada elemento químico disposto com o símbolo pintado com tinta para tecido. A turma foi dividida em dos grupos, cada grupo escolheu um nome (grupo A= Ferro, grupo B= Alumínio...). Introduziram-se nos bolsos da tabela perguntas referentes a alguns elementos estudados, tais como nome, onde são encontrados, etc. Na brincadeira, um integrante do grupo A retirava uma pergunta para o grupo B respondendo sem consulta e assim sucessivamente. O grupo que obtivesse maior pontuação venceria! Após essa atividade realizou-se a brincadeira "Meu pai é químico", referente à adaptação da brincadeira "Meu pai foi à feira". Os alunos foram dispostos em círculo e a brincadeira teve como objetivo a memorização e contextualização, pois o aluno precisa conhecer os elementos químicos e suas aplicações para que possa dar sequencia correta ao jogo e também aperfeiçoar a sua capacidade de memorização e pode-se inferir sobre o que o estudante aprendeu na atividade anterior. Durante a realização das atividades notou-se muito entusiasmo pelos alunos onde de forma geral houve um significativo aprendizado que se refletiu na avaliação escrita. Nas avaliações dos alunos percebeu-se considerável afetividade pela Química assim como observamos o gosto pelas brincadeiras realizadas. Esta experiência pretende ser reeditada no Ensino Médio bem como a análise de sua repercussão e avaliação de resultados.

Palavras chaves: ludicidade, ensino de Química, aprendizagem.


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