DIFERENÇA NA AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM PACIENTES IDOSOS PORTADORES DE DOENÇA CRÔNICA NÃO TRANSMISSÍVEL

Rafael Peringer, Ana Clara Machado Mayer, Vitória Silveira Parcianello, Diana da Silva Geiger, Tania Cristina Fleig

Resumo


A pressão Arterial, em ambos os sexos, aumenta até os 60 anos. A alta prevalência de outros fatores de risco concomitantes nos idosos e o consequente incremento nas taxas de eventos cardiovasculares, bem como a presença de comorbidades, ampliam a relevância da hipertensão arterial (HA) com o envelhecimento. A HA é uma Doença Crônica Não Transmissível (DCNT), predominante em idosos, sendo a mesma considerada um fator de risco cardiovascular. O estilo de vida condiz a hábitos e costumes que são influenciados e modificados por fatores inerentes, como a alta incidência do tabagismo, inatividade física e o uso excessivo de álcool, podendo contribuir para que este número aumente. Levando em conta este crescimento progressivo, tem-se observado a importância da aferição da Pressão Arterial (PA) em diferentes tempos de pré-exercício, pois assim é possível obter resultados fidedignos. Analisar as diferenças de Pressão Arterial, aferidas em 3 tempos, sendo no sexto, oitavo e décimo minuto, reconhecer a necessidade do aumento do tempo de repouso para a aferição da PA. Estudo transversal, sendo avaliados pacientes dos programas de Reabilitação Cardiovascular e Reabilitação Pulmonar do Hospital Santa Cruz. Para ambos os grupos foi determinada a PA, utilizando-se um esfigmomanômetro com manguito de adulto padrão (13 cm de largura e 30 cm de comprimento), sendo medida o comprimento e circunferência do braço dos pacientes, aplicando-se o fator de correção correspondente para cada caso. Em seguida, o paciente foi remetido a uma sala silenciosa, onde permaneceu em posição sentado, em repouso, durante 5 minutos. No sexto minuto foi realizado a primeira aferição da PA, no oitavo minuto a segunda e, no décimo minuto a terceira, tendo analisado a média das 3 aferições. Dentre os pacientes avaliados no Programa Cardiovascular, 05 homens, idades entre 53 e 72 anos e 04 mulheres, idades entre 67 e 69 anos. A média das aferições no sexto minuto foi 124/93 mmHg, no oitavo minuto 124/90 mmHg e no décimo minuto 127/89 mmHg. Para o Programa Pulmonar, 09 homens, idades entre 54 e 70 anos e 07 mulheres, idades entre 60 e 74 anos. A média das aferições no sexto minuto foi 129/81 mmHg, no oitavo minuto 129/81 mmHg e no décimo minuto 125/81 mmHg. A partir dos resultados obtidos foi possível analisar que houve uma pequena variação entre a pressão arterial sistólica (PAS) aferida nos 3 tempos de repouso. Concluímos que não há influência do tempo de repouso além dos 5 minutos preconizados pela Diretriz para aferição da PA, estando os participantes aptos para realizarem os respectivos exercícios propostos pelo programa.


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