O brincar e a realidade no contexto da clínica infantil de orientação analítica: um estudo de caso

Janaína Schultz, Jerto Cardoso da Silva

Resumo


Um espaço terapêutico que trabalha mediante a orientação psicanalítica busca proporcionar ao sujeito a estruturação simbólica de elementos subjetivos inconscientes. Portanto, esse escrito teve como objetivo compreender o modo de trabalho desta abordagem frente à clínica da infância, a qual muitas vezes utiliza o brinquedo como método de expressão. Isso pois, a brincadeira é a forma pela qual a criança associa livremente, demonstrando as representações do seu mundo interior. Desse modo, o mesmo configura-se como um estudo de caso, sendo resultado de um dos atendimentos psicoterápicos de uma criança de oito anos. Nasio (2001) expõe que um estudo de caso decorre de um interesse bastante particular do terapeuta à algum de seus analisandos. Para tanto, pretendeu-se apresentar o entendimento psicodinâmico deste citado, sendo mencionadas passagens suficientemente relevantes para se pensar o mesmo. Foi possível perceber que embora esta abordagem tenha sido configurada há tanto tempo, ainda hoje permanece sendo atual, em que a sensibilidade do analista torna-se algo essencial neste trabalho, bem como o fato de se manter as propostas interessantes no processo de análise. Além disso, reafirmasse o fato de que a presença dos pais é fundamental, tendo em vista que a criança constitui-se frente ao imaginário dos mesmos, bem como pelo seu discurso, para reconhece-se como ser humano. Reporta-se para as nuances que o modo interpretativo toma, em direção à constantes construções, assumindo um caráter de remodelagem do material clínico, onde também a transferência fora algo fundamental nesse processo.


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