A pesquisa orientou-se no sentido de analisar os discursos presentes sobre drogas e sua implicação nas possibilidades de inserção da Política de Redução de Danos em um serviço de saúde pública, mais precisamente em um CAPS AD III, bem como analisar de que maneira essa política mede forças com um paradigma de abstinência. Foram feitas entrevistas semiestruturadas com seis profissionais de diferentes áreas do serviço e, a partir de uma análise do discurso com inspiração foucaultiana, constatou-se alguns interditos de palavras importantes na caracterização da redução de danos como um método clínico-político, enquanto que se percebe uma regularidade de discursos sobre a importância da motivação e outros que revelam a aceitação da redução de danos na sua literalidade e em torno do pragmatismo. Tais discursos implicam em dificuldades para a inserção dessa política e sua apropriação pelos profissionais.

Redução de danos. Drogas. CAPS AD