DESVENDANDO AÇÕES DE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO NA ATENÇÃO BÁSICA
Resumo
INTRODUÇÃO: O suicídio é um grave problema de saúde pública. O fenômeno abrange ideação, plano, tentativa e ato consumado e pode ser interpretado, muitas vezes, como um pedido de ajuda. É considerado a décima terceira causa de morte no mundo (KOHLRAUSCH et al, 2008). O Rio Grande do Sul lidera em casos de suicídios, tendo índices que atingem o dobro da média nacional. O centro deste fenômeno, encontra-se no Vale do Rio Pardo, região reconhecida mundialmente pela produção de fumo. Venâncio Aires é um dos municípios do estado com maiores taxas de suicídio, registrando 79 casos em 5 anos, equivalente a 23,1 mortes por suicídio para cada 100 mil habitantes (BACHTOLD, 2014). Esta pesquisa visa conhecer as ações de prevenção de suicídio desenvolvidas nas Estratégias de Saúde da Família no município de Venâncio Aires, compreender o modo como as equipes lidam com usuários em risco de suicídio, identificando ações de prevenção e linhas de cuidado no território. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa em andamento, na fase de início da coleta de dados. Possui delineamento qualitativo. Serão realizadas entrevistas semiestruturadas com, pelo menos, três trabalhadores de cada uma das Estratégia de Saúde da Família do município. O material produzido a partir das entrevistas será trabalhado através da análise de conteúdo. DISCUSSÃO: A Atenção Básica é um local estratégico de cuidado em saúde mental, na medida em que facilita o acesso das equipes aos usuários e vice e versa, possibilitando a construção do vínculo e da longitudinalidade da atenção. Torna-se comum, aos profissionais da AB, encontrarem-se o tempo todo com usuários em situação de sofrimento psíquico, porém isso suscita muitas dúvidas, curiosidades e receios nos profissionais de saúde (BRASIL, 2013). RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS: Verifica-se que há grande dificuldade de se construir linhas de cuidado em saúde mental que partam do cuidado no território da Atenção Básica, o que passa, muitas vezes, pelo despreparo e receios das equipes, mas também pelos processos de trabalho e fragilidades das redes de atenção à saúde. Espera-se que este estudo possa contribuir para melhorar o acolhimento dos usuários com risco de suicídio na Atenção Básica, aportando questões que contribuam para a construção de estratégicas de Educação Permanente em Saúde para os profissionais e modificação dos modos de trabalhar na direção de prevenir o suicídio, promover saúde mental e cuidar das pessoas em rede com foco no território.
Palavras-chave
Atenção Básica; Suicídio; Prevenção do Suicídio.
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