ENSINO BILÍNGUE: UM RELATO CONCRETO SOBRE A POTÊNCIA DE APRENDER UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA NA ESCOLA

Gabriela Kehl, Rosângela Gabriel

Resumo


Em escola bilíngue a instrução é planejada e ministrada em pelo menos duas línguas, de forma simultânea. Nesses momentos de práticas da educação bilíngue, no contexto brasileiro, ou seja, em que na maioria dos casos, a língua portuguesa é a L1 e a língua inglesa é a L2, é necessário que haja um aprendizado em áreas diversas para que tais práticas se tornem enriquecedoras e proporcionem um domínio da língua e da cultura alvo mais adequado e com qualidade aos estudantes. Nas escolas bilíngues que contam com o desenvolvimento de um currículo adicional, há a inclusão do currículo com efetivação de programas bilíngues, como o ensino baseado na (Content and Language Integrated Learning), que tem como diferencial a integração do ensino de língua e conteúdo conjuntamente, “Aprendizado Integrado de Conteúdo e Língua (CLIL) é uma abordagem educacional com duplo enfoque no qual a língua adicional é utilizada para aprender e ensinar tanto o conteúdo como a língua”. Segundo as pesquisas, qualquer indivíduo que tem uma competência, por mínima que for, em qualquer uma das quatro habilidades linguísticas (falar, ouvir, ler e escrever), é considerado bilíngue. O objetivo geral deste estudo consiste em averiguar de que forma o ensino bilíngue, já na educação infantil, potencializa percursos de aprendizagens diversas, proporcionando experiências culturais. Para isso, foram realizadas entrevistas com docentes de uma escola de educação infantil bilíngue, a fim de buscar compreender os processos de planejamento das aulas em uma segunda língua, tanto na Educação Infantil quanto nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Os objetivos específicos constituem-se em investigar qual é a percepção dos docentes em relação ao interesse das crianças para o seu desenvolvimento no aprendizado em L2; analisar os processos de planejamento das aulas em L2; entrevistar docentes de uma escola de educação bilíngue, a fim de buscar conhecer sua percepção sobre o ensino bilíngue. O ponto central da discussão é que, mesmo com tantas circunstâncias que influenciam a escolha de alguma proposta curricular de ensino bilíngue, essa escolha deve ser percebida como indispensável às instituições, para que seja possível construir os programas de educação bilíngue de forma a atender às necessidades da comunidade em que a escola está inserida. É nesse cenário que escolas também podem possuir um currículo optativo, proporcionando aulas extracurriculares, que permitam aos alunos o aprendizado da L2, o que pode ser feito por meio de projetos e de aulas organizadas e abordadas com base no CLIL (Content and Language Integrated Learning). É preciso, assim, apresentar soluções plausíveis de ensino bilíngue, que busquem proporcionar, um efetivo aprendizado aos alunos. Esse aprendizado deve ser pautado não apenas em conteúdos sistemáticos, mas também em temáticas que os transformem em seres capazes de construir suas próprias ideias, desenvolvendo o seu potencial de comunicação com as diferentes línguas e culturas.


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