DIVULGAÇÃO DA AGROECOLOGIA NO VALE DO RIO PARDO/RS

Luana Thaís Schweikart, Jaime Miguel Weber, Ângela Cristina Trevisan Felippi

Resumo


No segundo semestre de 2020, iniciou um subprojeto relacionado ao projeto de extensão Assessoria de Comunicação ao Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA), com o objetivo de ?dar vez e voz? a um grupo de agricultores familiares ecologistas da região do Vale do Rio Pardo. O projeto consiste no registro em audiovisual da memória sobre o saber-fazer de agricultores de Santa Cruz do Sul, que há anos produzem sem agrotóxicos e adubos químicos e foram, para isso, desenvolvendo manejos adequados ao clima e solo da região para a produção de hortigranjeiros. Além do registro, um segundo objetivo é publicizar estes vídeos por meio de um canal próprio no Youtube, com vistas a alcançar interessados na produção ecológica e sociedade em geral, além de depositar este acervo de memória no canal, que funcionaria, também, como um repositório desta parte da história da Agroecologia da região. Com a ascensão e expansão das tecnologias digitais de produção e difusão de dados e informações (câmeras, máquinas fotográficas, celulares e computadores etc e internet), cresceram, exponencialmente, as possibilidades de visibilidade mediada dos diferentes grupos sociais, inclusive os menos capitalizados ou não hegemônicos, como é o caso dos agricultores familiares. Até o final dos anos 2000, a presença da agricultura de pequeno porte na mídia ocorria nos meios tradicionais (programas de TV cujo expoente é o Globo Rural, Rede Globo), subordinados às pautas e angulações definidas por esses veículos de comunicação. No Brasil, com o advento das TIC, o ambiente democrático, a ampliação das políticas públicas de acesso ao ensino e de diminuição da brecha digital, além da ampliação do consumo, todos fatores crescentes até 2015, experimentou-se a ampliação dos canais da sociedade civil organizada se visibilizar. Dito isso, de agosto até o presente momento, o subprojeto articulou as seguintes ações: reuniões virtuais entre professora coordenadora do projeto, bolsista PUIC Voluntária, agrônomo doutorando em Desenvolvimento Regional e agricultor representante do grupo envolvido no projeto; definição das ações comunicacionais (num primeiro momento, a produção audiovisual e o canal no Youtube); definição do nome e formato do programa; definição das pautas do programa (de foco econômico, social, ambiental e técnico); capacitação dos integrantes do projeto (inclusive agricultores) em parceria com a Univates, para produção de audiovisuais com captação de imagens pelos agricultores. A respeito dos programas, os materiais terão sempre a participação dos agricultores/as, com falas e entrevistas, juntamente com imagens feitas em suas propriedades. Destaca-se que todas ações, até o momento, foram feitas de forma remota, com encontros pelo Google Meet, e que irá se iniciar a confecção do programa piloto ainda em 2020, a partir da capacitação dos agricultores para captação de imagens por eles, sem a necessidade da equipe estar nas propriedades rurais, realizando, anteriormente, o roteiro, e, posteriormente, a edição e disponibilização no canal a ser criado também em 2020. Além do canal, estuda-se, para 2021, a criação de páginas em redes sociais e a produção de relises para a imprensa tradicional da região, para potencializar a divulgação do canal, além da disponibilização dos materiais produzidos em canais públicos, como a UNISC TV.



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ISSN 2764-2135