Mostra de Extensão, Ciência e Tecnologia da Unisc

Introdução: A psoríase é uma doença de pele relativamente comum, de origem inflamatória, crônica e não contagiosa. É considerada ciclíca, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente. Sua etiologia é desconhecida, mas se sabe que está relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e também à suscetibilidade genética de cada indivíduo. A doença periodontal é caracterizada como um conjunto de condições inflamatórias, de caráter crônico ou agudo, e de origem bacteriana, que começa por afetar o tecido gengival e pode levar, com o tempo, à perda dos tecidos de suporte dos dentes. As reações inflamatórias e imunológicas à placa bacteriana representam as características predominantes da gengivite e da periodontite. Pelo fato de ambas as doenças apresentarem uma origem inflamatória semelhante, existem diversos estudos com o objetivo de estudar a influência e a associação da psoríase como um possível fator aditivo sistêmico da doença periodontal. Objetivo: Verificar através de uma revisão de literatura quais os mecanismos do processo inflamatório da psoríase interferem na evolução da doença periodontal. Metodologia: Foi realizada uma busca bibliográfica em sites de artigos PubMed, Cochrane e Periódico da Capes e livros da biblioteca central da Unisc. Resultados: Todos os autores pesquisados confirmaram a hipótese de a psoríase ser um fator de risco para a doença periodontal. Também corroboram a teoria de que a resposta imune exagerada da psoríase pode exacerbar um processo inflamatório mais acelerado da doença periodontal. Pacientes com psoríase apresentaram perda óssea mais acentuada e um menor número de dentes. Consequentemente, apresentaram um maior sangramento gengival e presença de bolsas periodontais rasas e profundas. Três autores aceitam a teoria de que as similaridades entre as interleucinas II e VI entre as duas doenças são as responsáveis pela aceleração da destruição óssea e reabsorção nesses pacientes. Conclusão: Conclui-se que ainda são necessários mais estudos para afirmar ao certo como o mecanismo fisiológico da inflamação da psoríase interfere na doença periodontal. Infere-se que os pacientes com psoríase precisam de um tratamento periodontal de cunho mais preventivo em relação aos demais pacientes, como raspagens sucessivas e um maior número de consultas de manutenções preventivas, assim como os pacientes que possuem outros fatores de risco, já conhecidos na literatura, como o tabagismo, diabetes e estresse.