PROTOCOLO DO PQC PARA A DISCIPLINA DE ENDODONTIA I ? CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

Kathleen Elizabeth Zimmer, João Victor Reis Trindade, Daniel Renner, Magda de Sousa Reis

Resumo


Introdução: O tratamento endodôntico, que consiste na identificação e tratamento das afecções pulpares e periapicais, possui três etapas principais: acesso cirúrgico, preparo químico cirúrgico (PQC) do sistema de canais radiculares e obturação desse sistema. No Curso de Odontologia da Universidade de Santa Cruz do Sul, preconiza-se a técnica coroa ápice para a realização do PQC. Objetivo: Deseja-se contribuir para a aprendizagem dessa técnica através da elaboração de um fluxograma, com imagens fotográficas editadas, como um teste piloto para a produção de um futuro material didático audiovisual, que será disponibilizado aos acadêmicos através da plataforma virtual do YouTube®. Metodologia: Para estruturar esse fluxograma, selecionou-se um dente incisivo central superior do Banco de Dentes do Curso de Odontologia da UNISC, devido à simplicidade da anatomia interna. Com ele foi realizado uma radiografia do tipo periapical para confirmar se poderia ser incluído no trabalho. Então, esse elemento foi seccionado no sentido longitudinal afim de demonstrar nessa estrutura o passo a passo do PQC do canal radicular. Logo, as etapas da técnica coroa ápice foram realizadas, com limas manuais de aço inoxidável, concomitante à registros fotográficos. As imagens foram editadas e organizadas em forma de fluxograma. Resultados: A técnica coroa ápice compreende três fases: alargamento cérvico apical, preparo do batente apical e escalonamento. Inicialmente, determina-se o comprimento aparente do dente (CAD) e de trabalho de exploração (CTEx). Em seguida, preenche-se o canal com solução irrigadora para iniciar a instrumentação do mesmo. Esse primeiro contato permite a exploração do canal radicular e, para isso, utilizam-se limas de pequeno calibre. Após, inicia-se o alargamento cérvico apical com uma sequência de instrumentos de maior para menor calibre e movimentos de força balanceada, até atingir o CTEx. Então, realiza-se a radiografia de odontometria com o último instrumento utilizado no interior do canal. A partir dela, define-se os comprimentos reais do dente (CRD) e de trabalho (CT). Continua-se a primeira etapa até o CT. A lima que chegou nesse comprimento é chamada de instrumento anatômico. Posteriormente, o preparo do batente apical é executado com uma série de 3 a 5 limas que aumentam o calibre, a partir do último instrumento, com movimentos sequenciais, calibradas no CT. Da mesma forma, o último instrumento utilizado nessa etapa é denominado de instrumento memória. Por fim, emprega-se o preparo escalonado com recuo progressivo programado de 1 milímetro, utilizando uma série de limas que ampliam o calibre, a partir do CT. Os movimentos empregados são semelhantes à primeira etapa, mas também são realizados movimentos de instrumentação. Cabe ressaltar que é necessário intercalar o uso dos instrumentos com as limas de exploração e de memória a fim de garantir a patência do canal, bem como a irrigação e a aspiração devem ser realizadas a cada troca de instrumento. Ao final dessas etapas, o canal estará modelado de forma cônica afunilada para ser obturado. Conclusão: Com esse material, tem-se como resultado uma diminuição das dúvidas frente à realização da técnica coroa ápice pelos estudantes da disciplina de Endodontia I, do ano de 2019. Dessa forma, o material de apoio desenvolvido é uma ferramenta auxiliar na aprendizagem teórico-prática do protocolo do PQC exercido no Curso de Odontologia da UNISC.

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ISSN 2764-2135