INTER-RELAÇÃO ENTRE DOENÇA PERIODONTAL E PACIENTES GESTANTES

Nadine Hermes, Ana Julia Carvalho, Amanda Olga Muller, Cristian Raul Froemming, Michele Altermann Platen, Wesley Misael Krabbe, Jamile da Rosa, Isabella de Miranda Brandalise, Karoline Kniphoff dos Santos, Edilson Fernando Castelo

Resumo


Introdução: Durante a gestação ocorrem inúmeras alterações hormonais e imunológicas que potencializam o aumento fisiológico dos níveis hormonais, predispondo as mulheres ao desenvolvimento de doenças bucais. A gengivite e doença periodontal são doenças gengivais comuns que podem se disseminar pela corrente sanguínea e causar malefícios durante a gravidez. A falta ou a inexistência de cuidados bucais durante a gestação pode provocar riscos à saúde da gestante, ocasionando principalmente, gengivite e doença periodontal que, por sua vez, podem levar a complicações obstétricas, como parto prematuro, pré-eclâmpsia, baixo peso do feto ao nascer e, inclusive, ao aborto. Objetivo: Através deste trabalho de revisão de literatura, o grande objetivo é avaliar as complicações gestacionais em pacientes com doença periodontal. Metodologia: O presente estudo é uma revisão de literatura. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados científicas e certificadas (PubMed, Scielo, Capes) em meios digitais considerados referências na área de periodontia. Resultados: A literatura mostra que as condições sistêmicas interferem, de maneira significativa, no surgimento das infecções periodontais. O aumento dos níveis de estrogênio e de progesterona associado aos hábitos alimentares e a má higiene oral, implicam na ampliação do risco de doenças bucais. Ainda existe resistência das gestantes ao acompanhamento odontológico no pré-natal. As gestantes não recebem a informação adequada, e têm em mente que o tratamento odontológico pode causar complicações e influenciar negativamente no período gestacional, provocando danos à mãe e ao bebê. A inserção do cirurgião-dentista na equipe interdisciplinar de pré-natal torna-se imprescindível, afim de conscientizar e passar informações relevantes à equipe e as gestantes sobre a possibilidade de minimizar os riscos às doenças bucais. O cirurgião dentista deve de forma integrada com outros profissionais da saúde, em especial com o médico obstetra, assumir um papel relevante para reduzir o negligenciamento com o autocuidado da gestante durante o pré-natal, motivando, informando e evitando o desenvolvimento de problemas periodontais e possíveis complicações obstétricas. Conclusão: Para evitar implicações na saúde da gestante e da criança, políticas públicas e programas específicos devem orientar as gestantes sobre um protocolo de atendimento durante o pré-natal, afim de inseri-las desde cedo em um programa de promoção de saúde durante os trimestres gestacionais.

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ISSN 2764-2135