MANIFESTAÇÕES ORAIS E FACIAIS OCASIONADAS/INFLUENCIADAS PELA SARS-COV-2

Kelly Andressa Haas Fonseca, Edilson Fernando Castelo

Resumo


Introdução: A Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus-2 (SARS-CoV-2), na atualidade tornou-se uma grande ameaça à saúde global, trazendo consigo, muitas consequências como manifestações orais, debilitação da higiene oral e surgimento de doenças periodontais e, ainda o estresse e todos os fatores socioeconômicos, de saúde global, que vem aumentando os índices de bruxismo, disfunção temporo mandibular, fraturas dentais e relatos de dores musculares e cefaleia. Objetivo: identificar por meio de uma revisão bibliográfica, as principais lesões e/ou prejuízos causados ou influenciados pela pandemia, na saúde bucal e sistema ortognático. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica entre artigos encontrados na base de dados Google Acadêmico entre 2019 á 2021, no qual destacou-se 9 títulos que estavam de acordo com o que desejava ser abordado nos idiomas português e espanhol. Resultados: Dos 9 artigos analisados, três falavam sobre lesões, três sobre bruxismo e disfunções temporo mandibulares, dois abordam a doença periodontal como efeito colateral, e o último sobre fraturas dentais. Dentre as lesões que mais aparecem, se destacam estomatites, úlceras, alterações sensoriais, pigmentação, reação liquenóide, modificação na produção e qualidade da saliva, alterações nas características das mucosas, disgeusia, xerostomia, candidíase, hipogeusia, lesões vesículo-bolhosas, lesões avermelhadas em palato, língua, orofaringe e lábios, petéquias e lesões tipo placa em língua. Essas lesões se dão ou por sintomas da doença ou por efeitos colaterais dos fármacos utilizados no tratamento da doença pandêmica. Sobre o bruxismo e disfunções temporomandibulares, estudos apontam que as pessoas andam se sentindo mais estressadas, ansiosas e depressivas levando-as ingerir maior quantidade de bebidas alcoólicas e ter dificuldade ao dormir, desencadeando fatores que levam ao apertar dos dentes, dores na musculatura facial e estruturas associadas como ATM, aparecimento de sons articulares e limitação na abertura bucal. Sobre as fraturas dentárias, há a maior incidência pelo fato da modificação do estilo de vida somada à angústia da população. Já a doença periodontal aparece como consequência de uma série de fatores desencadeados por efeitos da pandemia já citados como a interligação ao bruxismo, que ao apertar dos dentes, gera trauma ao ligamento periodontal. Também como fator de risco, a depressão, que deixa os doentes desmotivados a não cuidar da sua higiene pessoal/oral e, alguns ainda se levam ao vício do tabaco. Outro fator é o estresse crônico que pode levar o paciente a liberar cortisol diminuindo a defesa do organismo tornando-se fator de risco à saúde periodontal. A doença periodontal está também relacionada ao risco de pneumonia nasocomial, já que o meio bucal é hospedeiro de microorganismos que se instalam, e em situações de riscos, podem ser aspirados, chegando aos pulmões e agindo de forma prejudicial á defesa imunológica do organismo. Conclusão:Com isso, pode-se observar que a pandemia afetou de diferentes formas a população, acarretando problemas que se interligam diretamente com a odontologia e que necessitam de um bom diagnóstico e tratamento, por isso é importante ressaltar a importância dos cirurgiões dentistas estarem informados sobre as manifestações ocasionadas e/ou influenciada pela SARS-CoV-2, podendo assim, oferecer ao paciente um correto diagnóstico e tratamento.

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2764-2135