SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA DA UNISC: DOR FANTASMA E A INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA

Luisa Regina Gauciniski, Sander Ellwanger, Pedro Arthur Goettems Azambuja, Angela Cristina Ferreira da Silva, Paula Bianchetti

Resumo


Introdução: Dor e sensação fantasma são percepções diferentes sentidas pelos amputados, a primeira é descrita como um desconforto na região amputada, vista em 90% nos casos de amputação em que apresenta episódios de dor, queimação ou pontadas, é possível associá-la à aspectos psicofisiológicos. A sua fisiologia está associada a reorganização cortical central, uma vez que o córtex cerebral tem representado cada região corporal e, quando ocorre a amputação, a área envolvida continua sendo representada, sendo um empecilho para o término da sensação corporal inexistente. A segunda, por sua vez, é relatada como a sensação de existência do segmento que sofreu amputação, apresentando formigamento ou dormência. Além disso, a área psicológica tem seu envolvimento não só em fatores emocionais, como também está relacionada à construção da imagem corporal de um indivíduo, visto que dificuldades de aceitação e adaptação podem surgir com sua nova aparência. O principal método para reverter ou tentar amenizar essas duas situações é através do tratamento fisioterapêutico. Objetivo: Identificar as terapêuticas utilizadas pela fisioterapia no tratamento da dor e sensação fantasma em pacientes amputados. Metodologia: O estudo é uma revisão bibliográfica de literatura. Foram utilizados livros disponíveis na biblioteca da Unisc, artigos científicos consultados na base de dados Scielo e Google Acadêmico com as seguintes palavras-chave: dor fantasma, fisioterapia, amputação. Foram selecionados artigos no período de 2012 a 2022 e as buscas foram realizadas no período de agosto de 2022. Resultados: Foram utilizados na pesquisa quatro artigos e 1 livro, que além de informações sobre sua fisiopatologia, abordagens terapêuticas com diferentes equipamentos e técnicas. Nas pesquisas realizadas, foram apresentadas alternativas para o tratamento de pacientes com o quadro de dor fantasma como o uso de fármacos (bloqueadores/antidepressivos), a fisioterapia com seus recursos de eletroterapia, como estimulação nervosa transcutânea (TENS), dessensibilização do coto através de materiais de diferentes texturas, crioterapia, terapia do espelho, acupuntura, terapia manual e, em casos extremos, a eletroestimulação profunda realizada pelo médico para bloquear a dor. Uma das terapêuticas mais eficazes apontada pela literatura consultada foi a terapia do espelho, porque ela auxilia no processo de estímulos sensoriais, ocorrendo a promoção da organização cortical, consequentemente reduzindo o desconforto causado. Conclusão: As referências consultadas convergem na mesma linha de tratamento desta percepção que às vezes é impeditiva para o sucesso da protetização ou de sua lenta adaptação à prótese. Entretanto, conclui-se que pacientes que apresentam dor fantasma podem passar por várias formas de tratamento, farmacológicas ou não, invasivas ou externas. Entretanto, quando submetidos ao tratamento fisioterapêutico manifestam um desenvolvimento significativo na recuperação de seu quadro através da Terapia de Espelho e das demais utilizadas e adaptadas a cada caso. A fisioterapia atua de forma significativa para a minimização desta percepção dolorosa que além de fatores fisiológicos estão envolvidos os fatores psicológicos de modo intrínsecos, o que limita a reabilitação e por isso a literatura sugere o atendimento multiprofissional para melhorar a qualidade de vida desses pacientes amputados. Palavras-chave: amputados, dor fantasma, sensação fantasma, tratamento fisioterapêutico.

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ISSN 2764-2135