CONTROLE DA GRAVIDEZ DE JOVENS MENINAS A PARTIR DA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
Resumo
INTRODUÇÃO: A inclusão de múltiplas ferramentas e dinâmicas pedagógicas pode auxiliar na elucidação sobre conteúdos relativos à saúde. Na educação para a saúde, são empregadas ações sociais e experiências de aprendizagem planejadas para capacitar indivíduos a terem controle sobre os determinantes e comportamentos de saúde, e sobre as condições que afetam a sua própria saúde e do coletivo. Diante disso, destaca-se a importância da discussão sobre gravidez na juventude, pois caracteriza um problema relevante de saúde pública no Brasil. Nesse contexto, a campanha “Gravidez? Só que não!”, organizada pela Organização Não-Governamental (ONG) Plan International Brasil, discorre sobre a temática da gravidez na adolescência através de conteúdos gráficos para promover reflexões sobre a autonomia de jovens meninas e reduzir casos de gestações não planejadas durante essa faixa etária. OBJETIVO: Este ensaio objetiva discutir o controle de casos de gestação não planejada a partir dos fundamentos da educação para a saúde através de uma campanha informativa, a fim de identificar o impacto de ações educativas perante esse assunto. METODOLOGIA: Trata-se de uma análise documental qualitativa, realizada no ano de 2021, sobre uma campanha educativa voltada para o controle de gestações não planejadas, junto ao público jovem. Tal reflexão foi elaborada no módulo de Educação e Saúde, o qual faz parte da grade curricular do 6º semestre do curso de graduação em Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). RESULTADOS: A campanha “Gravidez? Só que não’’ estabelece um canal de comunicação com os jovens por meio de uma linguagem interativa, de fácil compreensão e repleta de gírias. A ONG idealizadora do projeto apresenta informações de uma maneira direta e através de um ambiente onde os adolescentes, em sua maioria, já se encontram inseridos, o digital. A gestação na adolescência está associada a uma série de fatores, entre eles, mais significativamente, a desinformação sobre sexualidade e direitos reprodutivos e sexuais. Sendo assim, a educação acerca da sexualidade faz parte da promoção do bem-estar dos jovens, prevenindo não só a gravidez não planejada, mas também infecções sexualmente transmissíveis, violências sexuais e, indiretamente, futuras consequências socioeconômicas que a gestação durante essa idade pode gerar. Consoante às metas globais, ditadas pela Organização das Nações Unidas, a campanha engloba o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3, que visa assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, informação e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais. CONCLUSÃO: O incentivo ao uso correto e constante dos métodos contraceptivos é fundamental para a sexualidade segura e o planejamento familiar. O uso de metodologias interativas, que enfatizam a deliberação e o aperfeiçoamento de um pensamento construtivo e crítico nas tomadas de decisão acerca da sexualidade são importantes para os processos de educação. Assim, a saúde plena, tanto individual quanto coletiva, e o ensino em saúde para os indivíduos mais vulneráveis são essenciais para o combate desse cenário.
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ISSN 2764-2135