Mostra de Extensão, Ciência e Tecnologia da Unisc

Introdução: O presente trabalho está vinculado ao projeto PRÓ-SAÚDE – Programa de Reorientação da Formação Profissional – Subprojeto: Alimentação e Saúde. As atividades de extensão aproximam os estudantes vinculados aos cursos da Universidade de Santa Cruz do Sul, com os diversos campos de atuação de trabalho na área da Saúde. Em 2022, a prefeitura municipal de Herveiras, por intermédio da Secretaria de educação, solicitou ao professor orientador uma oficina de capacitação para as merendeiras sobre boas práticas de produção de alimentos. As boas práticas de fabricação - BPF, estabelecem procedimentos de controle nos processos de produção de alimentos e visa assegurar condições higiênico-sanitárias adequadas aos alimentos preparados. A resolução N° 216, de 2004, regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), trata sobre o regulamento técnico das boas práticas para os serviços de alimentação. As boas práticas abordam aos profissionais importantes elementos, que visam à garantia dos processos de produção de alimento para a saúde da população. Os procedimentos que devem ser seguidos garantem a higiene correta dos alimentos e daqueles que produzem, desde a higienização inicial até o momento em que o prato está pronto para ser consumido, impedindo a ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de alimentos contaminados. Com isso, justifica-se a importância da capacitação na produção das refeições às merendeiras  da rede escolar, vinculadas ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) de maneira  teórica e prática no próprio cenário de trabalho. Objetivos: Capacitar merendeiras das escolas e creches do Município de Herveiras/RS, sobre boas práticas em produção de alimentos, higiene e segurança alimentar. Metodologia: Este trabalho relata a experiência de um projeto de extensão universitária que elaborou e aplicou uma capacitação sobre boas práticas utilizando materiais explicativos e diálogo/escuta a respeito de situações cotidianas vivenciadas nas cozinhas e escolas. Previamente, foi realizado o planejamento das atividades a serem desenvolvidas, com elaboração do plano de aula, produção de slides, dinâmicas  e o treinamento da própria equipe responsável pela capacitação. Resultados: Participaram 12 merendeiras, com idades entre 23 a 54 anos, todas responsáveis pela produção de alimentos para os estudantes vinculados às escolas do município. O material visual da oficina foi organizado a partir de três temas norteadores: Segurança alimentar na alimentação escolar - food security & food safety; Doenças transmitidas por alimentos - DTA’s - sinais, fatores, causadores, sintomas e tipos de surtos e; Higiene e segurança na produção de alimentos - higiene pessoal, cuidados nos processos de produção, recebimento e armazenamento e contaminação cruzada. Ao final da apresentação, houve uma roda de conversa com todas as presentes, onde foram sanadas dúvidas, relatos  de suas histórias do cotidiano e situações que frequentemente ocorrem e que podem ser melhoradas. Conclusão: Nesse sentido, através da capacitação, com apoio do material desenvolvido, as merendeiras puderam receber todo o suporte sobre Boas Práticas, tanto em Higiene e Segurança, como em Alimentação, garantindo que elas entendam e pratiquem o que as foi ensinado, a fim de evitar contaminações de alimentos por agentes patógenos, que prejudicam a saúde da população escolar.