CRISES CONVULSIVAS FEBRIS EM UMA UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVOS PEDIÁTRICO E SUAS PRINCIPAIS CAUSAS
Resumo
Introdução: Os distúrbios neurológicos são os mais admitidos em unidades de cuidados intensivos pediátricos, sendo à crise convulsiva, um momento transitório em que o indivíduo manifesta sinais e sintomas clínicos locais ou difusamente no cérebro devido a atividade neurológica exacerbada ou sincrônica. A Convulsão Febril (CF) é definida como uma convulsão juntamente com o episódio febril (temperatura maior ou igual a 38°C) que acomete crianças entre 6 a 60 meses sem sinais de infecção ou inflamação do sistema nervoso central, distúrbio metabólico e sem histórico de convulsões afebris. As CF não devem ser confundidas com epilepsia, que é caracterizada por crises afebris recorrentes. Objetivo: Descrever sobre crises convulsivas febris em crianças e associação com as principais causas. Metodologia: Estudo com abordagem tipo estudo de caso, realizado em uma unidade fechada de um hospital escola do interior do Rio Grande do Sul, ao longo da disciplina de Prática Clínica de Enfermagem em Saúde da Criança e do Adolescente II do Curso de Enfermagem da UNISC ocorrida no período de agosto a dezembro de 2021. A coleta de dados deu-se durante a assistência à criança, apropriando-se de informações registradas no prontuário. Para a construção desse trabalho, realizou-se buscas por material científico nas bases Google Acadêmico, SciELO e no portal BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) Principais Resultados: Criança M.M.G, 3 anos, internado em unidade terapia intensiva por convulsão febril, rinossinusite. Fez febre de 38.4Cº de 6 em 6 horas, sendo medicada, crise convulsivas permaneceram recorrentes e sem melhora do tratamento medicamentoso. Foi induzido ao coma para investigação da causa, no momento com nada por via oral (NPO) com sonda orogástica (SOG) aberta em frasco. Conforme tomografia de crânio teve edema cerebral difuso sem sinal de hemorragia e estava com desvio da rima labial para a direita. A CF é a forma mais comum de crises neurológicas nas crianças, abrangendo cerca de 2 a 5% das crianças, elas são classificadas como: Simples (uma única crise tônico-clônica generalizada, com duração média de 15 minutos, num período de 24 horas), ou complexa/complicada (múltiplas crises focais e/ou recorrentes em 24 horas, com duração superior a 15 minutos, cada crise). As crises convulsivas febris, tem uma ampla variedade de causas e é definida como um distúrbio elétrico anormal que ocorre no cérebro vindo a manifestar reações diversas no organismo, como perda da consciência, desorientação, espasmo muscular, taquicardia e movimentos involuntários do corpo. As causas das CF ainda são discutidas no meio científico, mas acredita-se que a diferença na permeabilidade celular, a mielinização deficiente dos neurônios, a imaturidade cerebral e a atividade elétrica do cérebro sejam os motivos pelos quais as crianças têm mais propensão de manifestarem episódios. Conclusão: A CF é um problema neurológico comum na infância, mas ainda muito discutida pela equipe de saúde. A assistência de enfermagem ao paciente em crise convulsiva deve ser sistematizada desde o início até o fim, sendo o enfermeiro no contato mais direto com o paciente, estabelecendo meio de cuidado para assim amenizar os impactos da crise convulsiva no organismo monitorando o paciente e os seus sinais vitais, minimizando as sequelas e uma melhora do quadro mais rápido. As consequências quando não tratada adequadamente ou então, precocemente podem ser irreversíveis e podem levar a óbito.
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ISSN 2764-2135