PREVALÊNCIA DE SARS-COV-2 NOS ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR NO RETORNO A PRESENCIALIDADE

Renata de Oliveira Paranhos da Silva, Marlua Luiza Kühl Pontel, Lia Possuelo, Andreia Rosane de Moura Valim, Mari Ângela Gaedke, Jane Dagmar Pollo Renner, Ana Paula Helfer Schneider, Marcelo Carneiro

Resumo


Introdução: A síndrome respiratória aguda grave (causada pelo vírus SARS-CoV-2), foi identificada na China no final de 2019, como causa do COVID-19, tornando-se rapidamente uma emergência mundial. Com isso, várias medidas preventivas foram criadas, a partir disso, a realidade da população inteira foi modificada e os profissionais da saúde entraram como linha de frente no enfrentamento contra a COVID-19. O cenário de controle epidemiológico da doença e o avanço na imunização da população permitiu a flexibilização das medidas restritivas, que foram impostas desde o início da pandemia. Dentre as movimentações de mudança, estava o retorno das aulas presenciais no ensino superior. A prevalência de SARS-CoV-2 movimenta-se ao redor daqueles que estão mais expostos ao vírus, sendo imprescindível que ao tomar medidas de flexibilização, a prevalência do vírus possa vir a afetar o retorno dos estudantes universitários. Devido ao risco de propagação, as medidas preventivas devem se manter sempre ativas nas instituições de ensino e demais estabelecimentos. Objetivo: Identificar a prevalência de SARS-CoV-2 entre os estudantes da universidade de Santa Cruz do Sul no retorno presencial às aulas. Método: A pesquisa teve seus métodos baseados em quatro etapas do estudo transversal realizado no campus Santa Cruz do Sul, para a monitorização da prevalência de SARS-CoV-2, com coleta de dados entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro semestre de 2022. Com ênfase nas duas últimas etapas (21 a 25 de Março e 06 a 10 de Junho), o processo de amostragem foi realizado por múltiplos estágios em que os estudantes em aulas presenciais foram aleatoriamente sorteados e convidados a participar do estudo, incluindo, responder um questionário com todos os termos de consentimento necessários e após, encaminhados para a realização do teste rápido de antígeno para SARS-CoV-2, por uma equipe de coletadores treinados e capacitados. A pesquisa foi aprovada pelo CEP parecer nº 4.974.716. Os dados coletados foram armazenados em banco de dados e analisados por meio de estatística descritiva no Stata ® versão 11. Resultados: Em cada etapa da pesquisa, o tamanho amostral foi de 540 alunos. Considerando os dados coletados na terceira etapa (21 a 25 de Março), os resultados apontaram 8 casos positivos, com uma prevalência de 1,48% (IC 95% 0,46 - 2,50) do vírus entre os alunos da universidade. Os dados também apontaram que 51% dos estudantes que participaram da pesquisa já haviam tido covid-19 antes, em média, 89,9% dos estudantes estavam com o esquema vacinal atualizado e 72,7% relataram pelo menos um sintoma relacionado a Covid-19. Já na última etapa (06 a 10 de Junho), foram identificados 7 estudantes com teste de antígeno reagente, com uma prevalência de 1,31% (IC 95% 0,53-2,69) de SARS-CoV-2. Na quarta etapa também foi evidenciado que 54,9% dos estudantes que participaram da pesquisa já tiveram covid-19 e pelo menos 86,6% dos estudantes estavam com o esquema vacinal completo e 72,7% relataram no mínimo um sintoma relacionado a Covid-19. Considerações Finais: Com a realização das duas etapas finais da pesquisa (março/22 e junho/22) foi possível observar que houve baixa circulação viral de SARS-CoV-2 no retorno à presencialidade no campus de Santa Cruz do Sul. Desta forma, reforçou-se a necessidade de medidas educativas e preventivas para manutenção da baixa circulação viral.

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ISSN 2764-2135