PREVALÊNCIA DE SARS-COV-2 NOS ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR NO RETORNO A PRESENCIALIDADE
Resumo
Introdução: A síndrome respiratória aguda grave (causada pelo vírus SARS-CoV-2), foi identificada na China no final de 2019, como causa do COVID-19, tornando-se rapidamente uma emergência mundial. Com isso, várias medidas preventivas foram criadas, a partir disso, a realidade da população inteira foi modificada e os profissionais da saúde entraram como linha de frente no enfrentamento contra a COVID-19. O cenário de controle epidemiológico da doença e o avanço na imunização da população permitiu a flexibilização das medidas restritivas, que foram impostas desde o início da pandemia. Dentre as movimentações de mudança, estava o retorno das aulas presenciais no ensino superior. A prevalência de SARS-CoV-2 movimenta-se ao redor daqueles que estão mais expostos ao vírus, sendo imprescindível que ao tomar medidas de flexibilização, a prevalência do vírus possa vir a afetar o retorno dos estudantes universitários. Devido ao risco de propagação, as medidas preventivas devem se manter sempre ativas nas instituições de ensino e demais estabelecimentos. Objetivo: Identificar a prevalência de SARS-CoV-2 entre os estudantes da universidade de Santa Cruz do Sul no retorno presencial às aulas. Método: A pesquisa teve seus métodos baseados em quatro etapas do estudo transversal realizado no campus Santa Cruz do Sul, para a monitorização da prevalência de SARS-CoV-2, com coleta de dados entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro semestre de 2022. Com ênfase nas duas últimas etapas (21 a 25 de Março e 06 a 10 de Junho), o processo de amostragem foi realizado por múltiplos estágios em que os estudantes em aulas presenciais foram aleatoriamente sorteados e convidados a participar do estudo, incluindo, responder um questionário com todos os termos de consentimento necessários e após, encaminhados para a realização do teste rápido de antígeno para SARS-CoV-2, por uma equipe de coletadores treinados e capacitados. A pesquisa foi aprovada pelo CEP parecer nº 4.974.716. Os dados coletados foram armazenados em banco de dados e analisados por meio de estatística descritiva no Stata ® versão 11. Resultados: Em cada etapa da pesquisa, o tamanho amostral foi de 540 alunos. Considerando os dados coletados na terceira etapa (21 a 25 de Março), os resultados apontaram 8 casos positivos, com uma prevalência de 1,48% (IC 95% 0,46 - 2,50) do vírus entre os alunos da universidade. Os dados também apontaram que 51% dos estudantes que participaram da pesquisa já haviam tido covid-19 antes, em média, 89,9% dos estudantes estavam com o esquema vacinal atualizado e 72,7% relataram pelo menos um sintoma relacionado a Covid-19. Já na última etapa (06 a 10 de Junho), foram identificados 7 estudantes com teste de antígeno reagente, com uma prevalência de 1,31% (IC 95% 0,53-2,69) de SARS-CoV-2. Na quarta etapa também foi evidenciado que 54,9% dos estudantes que participaram da pesquisa já tiveram covid-19 e pelo menos 86,6% dos estudantes estavam com o esquema vacinal completo e 72,7% relataram no mínimo um sintoma relacionado a Covid-19. Considerações Finais: Com a realização das duas etapas finais da pesquisa (março/22 e junho/22) foi possível observar que houve baixa circulação viral de SARS-CoV-2 no retorno à presencialidade no campus de Santa Cruz do Sul. Desta forma, reforçou-se a necessidade de medidas educativas e preventivas para manutenção da baixa circulação viral.
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ISSN 2764-2135