A UTILIZAÇÃO DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL PARA O TRATAMENTO DO TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO EM ADULTOS

Bruna Teixeira Ghitelar, Luís Sérgio Sardinha, Valdir de Aquino Lemos

Resumo


Atualmente os transtornos mentais são compreendidos como padrões de comportamentos ou psicológicos clinicamente relevantes mantendo-se sempre relacionados à aflição, incapacitação e limitações em diferentes áreas da vida do indivíduo acometido. A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) apresenta-se como uma técnica psicoterápica que utiliza exercícios cognitivos e comportamentais em diversos transtornos mentais, inclusive para o tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo em adultos, este transtorno pode ser identificado por meio de manifestações dos sintomas obsessivos e compulsivos. As manifestações deste transtorno reverberam em consequências negativas na qualidade de vida e relações interpessoais do sujeito. O objetivo deste trabalho foi descrever e discutir a aplicabilidade da Terapia Cognitivo Comportamental, no tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo em adultos, abordando, particularmente, os impactos negativos deste transtorno na qualidade de vida e relações interpessoais. O método empregado foi à revisão bibliográfica. Foram utilizadas 67 obras publicadas entre os anos de 2001 a 2021 (55 livros, 10 artigos científicos, uma tese de doutorado e uma monografia). As obras foram encontradas em pesquisas realizadas no Google acadêmico, Scielo Brasil e bibliotecas virtuais de instituições de ensino superior. Os principais resultados demonstram que o Transtorno Obsessivo Compulsivo é o quarto transtorno mais diagnosticado atualmente, afetando homens e mulheres em proporções equivalentes. Os pacientes ao serem tratados, por meio da Terapia Cognitivo Comportamental, são incentivados a buscar atenuar as crenças disfuncionais, em geral relacionadas às obsessões por receio de possíveis contaminações, compulsões por limpeza, pensamentos obsessivos sobre assuntos sexuais, incertezas relacionadas à moral, religião e por agressão, compulsões por verificação ou também nomeadas como checagem. Todos estes processos acabam por impactar negativamente a qualidade de vida da pessoa portadora do transtorno, pois geram constrangimento ao indivíduo acometido que, consequentemente, apresenta dificuldade de permanência em empregos e relacionamentos, levando a preferência pelo isolamento social e ocasionando prejuízos sociais importantes. Os exercícios de TCC propostos estão relacionadas a exposição e prevenção de respostas, juntamente com a aplicação de técnicas cognitivas com o propósito de alterar crenças disfuncionais de conceitos catastróficos ou negativos e pensamentos implícitos aos sintomas do transtorno. Os autores também sinalizam que para esta terapia ser satisfatória o psicólogo necessita ter que dominar otimamente os aspectos clínicos do transtorno e o modelo cognitivo comportamental, além de compreender a utilização das técnicas adequadas para cada indivíduo. Os estudos também evidenciaram que pacientes com maior comprometimento com a realização da terapia obtiveram mais resultados satisfatórios. As conclusões possíveis para o momento são que a Terapia Cognitivo Comportamental, empregando as suas técnicas e exercícios cognitivos e comportamentais, pode proporcionar ao indivíduo adulto a diminuição dos sintomas obsessivos e compulsivos. Em decorrência desta diminuição ocorreu juntamente o aumento da qualidade de vida e melhora das relações interpessoais.

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ISSN 2764-2135