EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO AÇÃO DE FORTALECIMENTO PARA A INCLUSÃO DE PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA ATENÇÃO BÁSICA

Felipe Yorhan Nunes, Paloma Caroline Helfer, Anna Lya Assmann da Motta, Roberta Paludo Custódio, Caroline de Moraes, Nikolas Mateus Pereira de Souza, Camilo Darsie de Souza

Resumo


INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é classificado pelo Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - V como: “um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por déficits na comunicação e interação social, além de padrões repetitivos e restritos de comportamento, interesses e atividades”. Além disso, é demasiado heterogêneo, fato que torna seu entendimento, diagnóstico e tratamento complexos.  A partir da Política Nacional dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo, desde 2012, entende-se o TEA como um tipo de deficiência, tornando-se imprescindível ações que proporcionem equidade, uma vez que existem diversos entraves impossibilitam a participação efetiva do indivíduo com TEA na sociedade. Nessa perspectiva, é essencial que os profissionais de saúde e os gestores compreendam as demandas dos pacientes com TEA e familiares/responsáveis, para que se possa conceber as barreiras e, assim, mitigá-las, de maneira que a educação em saúde se fundamenta como cerne desse processo de transformação. OBJETIVO: discutir sobre a inclusão e o acesso do paciente com TEA na Rede de Saúde brasileira. METODOLOGIA: Realizou-se a análise do documento: “Linha de Cuidado para Atenção às pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo e suas Famílias na Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS)”, o qual dirige-se a gestores e profissionais da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS e objetiva contribuir para a ampliação do acesso e a qualificação da atenção às pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) e suas famílias. Ademais, buscou-se referencial teórico a partir dos descritores: educação em saúde, formação profissional em saúde, autismo e inclusão social, em artigos científicos, documentos e sites institucionais, incluindo aqueles relacionados ao tema. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi publicado em 2015, pelo Ministério da Saúde brasileiro, estando na sua primeira edição. Apresenta seis capítulos, subdivididos em diversas subseções, possuindo ao total 141 páginas. Em primeira análise, pensando-se acerca do cuidado no contexto das Redes de Atenção à Saúde, é mister destacar o conceito de integralidade. Essa premissa de entendimento de sujeito e de cuidados como um todo indivisível se contrapõe à ineficiência originada pela fragmentação dos sujeitos e pela segmentação das ações e serviços assistenciais, fato que distancia e segrega a população com TEA e suas famílias dos cuidados em saúde. Assim, notabiliza-se o papel da Atenção Básica (AB) como pedra angular das diferentes esferas de assistência, de acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) e também de acompanhamento longitudinal do indivíduo. Tratando-se da população com TEA, é de suma importância o papel da AB no que tange ao acompanhamento pré-natal, desenvolvimento neuropsicomotor, prevenção de agravos e ofertas de reabilitação; além disso, a AB garante escuta qualificada às famílias, tornando-se uma possibilidade imediata de apoio. CONCLUSÃO: A educação em saúde na atenção básica, acerca da temática discutida, se torna basilar na conjuntura das Redes de Atenção à Saúde, uma vez que a associação de conhecimentos científicos e técnicos, bem como o intercâmbio de experiências entre profissionais e núcleos familiares, em consonância com aprendizagens advindas da comunidade, abrilhantam e tornam efetivo e integral o processo de cuidado.


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ISSN 2764-2135