Mostra de Extensão, Ciência e Tecnologia da Unisc

A violência doméstica não pode mais ser vista como um problema considerado particular entre duas pessoas ou famílias, que é traduzida na frase:“em briga de marido e mulher, não mete-se a colher”, mas sim um problema social, em que a sociedade deve buscar soluções, com objetivo de mudar esta triste realidade. A violência doméstica é muito negativa, produzindo um grande e estrondoso impacto na vida das vítimas, em particular na das mulheres e de seus filhos. Além da agressão física, a violência doméstica refere-se também ao abuso psicológico e também à violência sexual. Todas estas formas de violência trazem consequências nefastas, para quem sofre diretamente ou quem assiste a violência acontecendo dentro da sua família. Nesse contexto, é de grande importância salientar a Casa de Passagem, “Casa-Abrigo”, que nada mais é que locais para onde mulheres, vítimas de violência doméstica (em geral o prazo é de até 90 dias, mas ele pode ser ampliado) são encaminhadas para que possam residir durante período determinado, como mencionado, enquanto reúnem condições psicológicas e força para retomar suas vidas. São locais que não só prestam apoio as mulheres, mas também para seus filhos, quando se há risco ou grave ameaça oferecido a eles. A criação dessa casa-abrigo está prevista na Lei Maria da Penha para prestar atendimento psicológico, social e jurídico as vítimas.  Esses serviços são espaços que visam garantir a integridade física e emocional das mulheres, exercem o papel de integrar uma rede de atendimento mais ampla, buscando assim repassar conhecimento sobre os Direitos dessas Mulheres e buscar oferecer o suporte necessário as mesmas. Cabe ressaltar que o município de Sobradinho, por ser considerado pequeno (aproximadamente 15.000 habitantes) e não demandar de grande atendimento a vítimas mulheres, não tem especificamente uma casa de acolhimento para mulheres vítimas de violência doméstica. O município apenas possui Casa de Passagem para crianças e adolescentes em casos de abandono, ou em casos mais graves, quando por exemplo os pais são presos ou assuntos decorrentes e relacionados.  Além de ser visto e considerado ser de extrema importância um lugar específico para acolhê-las, seria interessante de primeiro momento a assistência do município para a elaboração de grupos de mulheres vítimas, rodas de conversa já que muitas delas não buscam auxílio profissional como a de um acompanhamento psicológico e que o município não tenha disponibilidade dessas casas de apoio.