ANTIBIOTICOTERAPIA NO TRATAMENTO DE ABSCESSOS DENTOALVEOLARES AGUDOS

Autores

  • Bruna Feron UNISC
  • Kathleen Elizabeth Zimmer UNISC
  • Wesley Misael Krabbe UNISC
  • Marcelo Carneiro UNISC
  • Ronise Ferreira Dotto UNISC
  • Márcia Helena Wagner UNISC
  • Michele Altermann Platen UNISC
  • Magda de Sousa Reis UNISC

Resumo

Abcesso Agudo é um processo inflamatório caracterizado pela formação de pus, afetando os tecidos que envolvem a região dentária periapical. Possui evolução rápida o que provoca uma dor intensa, sendo essa a resposta normal do organismo na tentativa de combater e eliminar o agente agressor. Frente a esse tipo de inflamação se faz necessário um tratamento com fármacos específicos e eficazes no combate aos agentes agressores. Os antibióticos são frequentemente prescritos como tratamento adjunto dessas infecções endodônticas.  O objetivo deste trabalho é relatar situações clínicas em que os antibióticos devem ser prescritos e quais antibióticos indicar em caso de alergia à Penicilina. Os abscessos agudos representam um tipo de infecção odontogênica e, geralmente, apresentam-se como patologia de urgência, requerendo a intervenção imediata por parte do cirurgião-dentista. O tratamento dessas lesões consiste na realização da drenagem e, quando necessária, a instituição da antibioticoterapia, propiciando ao organismo melhores condições de reparo tecidual. Sinais de disseminação do processo infeccioso, linfonodos palpáveis, celulite, trismo, dispnéia (comprometimento da passagem de ar) e/ou sintomas como febre, disfagia (falta de apetite) e mal-estar requerem o uso de antibióticos. Da mesma forma, pacientes com comprometimento dos mecanismos de defesa, como leucemia, agranulocitose, diabetes mellitus descompensada, doença de Addison, síndrome da imunodeficiência adquirida e leucopenia, entre outros, requerem uma intervenção antibiótica. O antibiótico ideal deve reunir uma série de características como: atividade frente aos microorganismos implicados no processo infeccioso; adequados parâmetros farmacocinéticos; boa tolerância e poucos efeitos adversos e uma posologia que possa facilitar o tratamento. Já a duração do tratamento depende do tipo da infecção, da extensão do processo infeccioso e do antibiótico escolhido. A duração da antibioticoterapia, geralmente oscila entre 5 a 10 dias, devendo ser prolongada por 3 a 4 dias depois do desaparecimento das manifestações clínicas. Muitos autores concordam que o grupo das penicilinas é a melhor alternativa, por ser efetiva contra a maioria das bactérias facultativas comumente encontradas nas infecções endodônticas, porém qual antibiótico indicar se o paciente for alérgico à penicilina?  Desde sua introdução, as eritromicinas foram utilizadas nos casos de pacientes alérgicos, mas na última década foram introduzidos novos derivados sintéticos deste mesmo grupo (macrolídeos), entre eles a Azitromicina e a Claritromicina, que possuem uma série de vantagens. Embora o uso dos macrolídeos pode ser apropriado em todos os casos, a Clindamicina é uma boa escolha diante dos quadros de alergia e de resistência bacteriana, sendo esta uma opção ao paciente alérgico às penicilinas devido ao seu largo espectro de ação. A eficácia clínica no tratamento de uma infecção baseia-se no diagnóstico correto do tipo de microorganismo infectante e na escolha do agente quimioterápico. Apesar de a Penicilina ter sido utilizada por muitos anos na Odontologia, a maioria dos autores concordam que essa continua sendo a melhor indicação quando não existe história de alergia. Caso haja história de alergia, deve-se optar pela Clindamicina ou Azitromicina.

Biografia do Autor

  • Bruna Feron, UNISC
    UNISC
  • Kathleen Elizabeth Zimmer, UNISC
    UNISC
  • Wesley Misael Krabbe, UNISC
    UNISC
  • Marcelo Carneiro, UNISC
    UNISC
  • Ronise Ferreira Dotto, UNISC
    UNISC
  • Márcia Helena Wagner, UNISC
    UNISC
  • Michele Altermann Platen, UNISC
    UNISC
  • Magda de Sousa Reis, UNISC
    UNISC

Publicado

2020-10-15

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde